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Vereadores de Santo André têm dúvida sobre contratação
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
20/02/2009 | 08:21
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Por unanimidade, a Câmara de Santo André aprovou quinta-feira, em definitivo, projeto que prevê o aumento no número de assessores - de 9 para 12 - a que cada um dos 21 vereadores tem direito a contratar. Consequentemente, a verba repassada mensalmente para cada gabinete também recebeu um plus. Passou dos atuais cerca de R$ 21,5 mil para R$ 27.649,73, especialmente no caso de os parlamentares utilizarem o número de assessores a que têm direito.

Embora os 21 vereadores tenham votado favoravelmente ao projeto, apenas cinco deles admitiram que aumentarão para 12 o número de funcionários em seu gabinete (veja quadro ao lado). Um deles é o petebista Israel Zekcer. "Sou líder de governo e esposo da vice-prefeita (Dinah Zekcer). Então, meu trabalho é muito grande", justificou.

Ailton Lima (PDT) ressaltou que o aumento de assessores "melhora" a independência do Legislativo. "Como vereador, tenho mais autonomia em relação ao Executivo", disse.

A maior parte dos vereadores, porém, ainda está em dúvida com relação à estrutura que irá adotar em seu gabinete após a aprovação da reforma interna. Embora a tendência seja de que ocorram mais contratações, há aqueles que avaliarão a possibilidade de aumentar o salário de assessores que já trabalham com eles.

"É provável que faça um remanejamento interno e melhore o salário dos assessores. Corro o risco de perder ao menos três, que estudam propostas da iniciativa privada", analisou Marcelo Chehade, líder do PSDB na Câmara.

O também tucano Marcos Cortez, o Marcos da Farmácia, tem opinião, no mínimo, curiosa. Segundo ele, o aumento no número de assessores ajuda, ainda que em escala muito pequena, a combater o desemprego. "É um pequeno passo, mas ajuda. Além disso, não considero que a geração de empregos cria gastos", citou, lembrando as críticas recebidas com o aumento da verba de gabinete em função dos cargos.

Estruturas menores - Dos 21 vereadores, sete declararam trabalhar com menos de nove assessores, teto máximo antes da reforma. "Cada gabinete tem a sua particularidade, que precisa ser respeitada. Essa lei é importante porque apenas estipula um teto, não obriga nenhum vereador a ter 12 assessores. Com essa liberdade, cada um monta sua equipe como achar necessário", reforça Paulinho Serra (PSDB).




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