Milhares de colonos israelenses e ativistas ultradireitistas se reuniram na noite de domingo no centro de Jerusalém sob o lema "Ehud Olmert é ruim para os judeus", em alusão ao primeiro ministro interino. "Olmert nos leva para a guerra civil", podia-se ler numa bandeira.

Os manifestantes se queixavam da retirada ocorrida na quarta-feira passada no assentamento ilegal de Amona, perto da localidade cisjordaniana de Ramallah. Os enfrentamentos entre a polícia e os colonos deixaram 200 feridos.

A manifestação de domingo, organizada pelo Conselho de Assentamentos de Judéia Samaria (Cisjordânia), começou com a leitura de alguns salmos pelo "restabelecimento" dos colonos feridos em Amona e pediu a criação de uma comissão de investigação oficial sobre a "violência policial".

Horas antes, Olmert rejeitou a formação desta comissão e justificou o comportamento das forças de segurança.

Desde a hospitalização do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, no dia 4 de janeiro, depois de sofrer uma gravíssima hemorragia cerebral, Olmert dirige o partido centrista Kadima, que se prepara para as eleições legislativas do final de março.