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Sabesp reajusta água no dia 1º
Christiano Carvalho
Do Diário do Grande ABC
24/05/2001 | 21:01
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A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) vai mesmo reajustar o preço da tarifa de água. O novo valor, que ainda não foi definido, deve entrar em vigor já a partir do dia 1º de junho. O anúncio oficial da medida deve acontecer só na próxima segunda-feira com a publicação da determinação no Diário Oficial do Estado. A expectativa é que o aumento fique entre 12% e 20%.

Na região, apenas Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra sofrerão reajuste imediato porque são abastecidos diretamente pela companhia. Em São Caetano, o repasse da aumento pelo DAE (Departamento de Água e Esgoto) será feito em breve.

Apesar de a Sabesp garantir que o aumento será geral, o que incluiria também a venda a atacado, nas outras quatro cidades da região vigora um acordo regional, firmado através do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, pelo qual a tarifa foi fixada em R$ 0,39 por m³ de água e é paga judicialmente pelas autarquias municipais e pela Prefeitura, no caso de São Bernardo.

Por isso, o Semasa (Serviço de Saneamento Ambiental de Santo André), Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) e Sama (Saneamento Básico de Mauá) devem manter, em princípio, os preços já praticados.

A Sama, por exemplo, elevou sua tarifa no mês passado. Assim, para consumidores de Mauá a conta de água já está em média 9,81% mais cara. A assessoria de imprensa da Sama informou que não haverá novo aumento porque pelo acordo regional a autarquia não pagará o valor que vier a ser estabelecido, mas os mesmos R$ 0,39 por m³.

No entanto, não há total garantia de que esse pacto será respeitado. Otávio Manente, secretário de Obras de São Bernardo, cidade que participa do acordo, afirmou que vai aguardar até a semana que vem para o anúncio oficial do reajuste antes de tomar qualquer atitude em relação à cobrança da tarifa de água.

A posição de cautela foi tomada no início da noite desta quinta, após reunião com o prefeito em exercício William Dib e o secretário de Assuntos Jurídicos, Carlos Maciel. “Não sei se a Prefeitura terá suporte financeiro para pagar sem ter que repassar ao consumidor”, afirmou Manente. Segundo ele, se o novo preço “for justo” o repasse poderá ser descartado. O secretário fez esse raciocínio na hipótese de o acordo regional ser desconsiderado a partir de junho.

 De acordo com a Sabesp a única exceção ao reajuste será a tarifa básica social – cobrada nas favelas –, que permanecerá inalterada porque tem o subsídio do poder público.

O último aumento no preço do fornecimento de água pela Sabesp foi de 14,98%, em julho de 1999. O novo reajuste será baseado na inflação acumulada desde esta data e na planilha de custos da autarquia.




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