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Dérbi volta ao Pacaembu após dez anos
Fernando Cappelli
Do Diário do Grande ABC
31/01/2010 | 07:35
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Com as equipes ainda em busca de espaço e regularidade no Paulistão, e mesmo com as ausências significativas do atacante Ronaldo pelo lado alvinegro e, possivelmente, do meia Diego Souza pelo alviverde, o clássico entre Corinthians e Palmeiras de hoje (17h) marca o retorno do dérbi ao Estádio do Pacaembu após dez anos.

Na última vez que os rivais se enfrentaram no local foi dia 27 de janeiro de 2000. Na oportunidade, em jogo válido pelo Torneio Rio-São Paulo, o Timão venceu por 2 a 1.

Os números gerais, porém, são desfavoráveis aos corintianos. O último triunfo sobre o Verdão aconteceu em outubro de 2006. Depois disso, foram sete jogos, com cinco derrotas e dois empates.

Para o compromisso da vez, o técnico Mano Menezes, do Corinthians, evitou dar pistas sobre os titulares. Mas adiantou que, sem o Fenômeno - lesão na coxa direita -, caberá a Iarley a função de centroavante. "Iarley tem condições de ser referência na área. O que não está definida é a parceria", explicou Mano.

Para jogar ao lado dele, o treinador tem como opções Jorge Henrique e Dentinho. No meio, Defederico ocupou o lugar de Danilo durante o último treinamento coletivo - já Jucilei entrou no lugar de Elias. Tcheco deve ser o encarregado da armação. "Vou esperar até pouco antes do jogo para ver como estará o Danilo. Ele teve desgaste natural pela estreia. Levaremos isso em consideração", acrescentou.

Mano testou outras três alterações em relação à equipe que empatou em 1 a 1 com o Mirassol. O zagueiro Chicão, o lateral-esquerdo Roberto Carlos e o volante Ralf entram nos lugares de Paulo André, Escudero e Marcelo Mattos, respectivamente.

A incerteza também foi a tônica no lado palmeirense. Sem saber se contará com o meia Diego Souza (edema na coxa esquerda) e o zagueiro Léo (dores no pé direito), o técnico Muricy Ramalho deve ter a volta do goleiro Marcos, que está praticamente recuperado de uma entorse no tornozelo direito.

Outra posição que segue indefinida é a lateral esquerda. Muricy está entre Armero ou Eduardo. Com a saída de Deyvid Sacconi para o Nantes, na França, a equipe ficou com vaga aberta no meio-campo. Dependendo do retorno de Diego Souza, o técnico pode optar por Joãozinho ou William.

Estádio deve estar lotado; Gaviões promete bandeirão
Com 34 mil ingressos colocados à venda e mais de 25.700 adquiridos antecipadamente, a expectativa para o clássico entre Corinthians e Palmeiras, obviamente, é de casa cheia no Estádio do Pacaembu.

As bilheterias, porém, não funcionam hoje. A abertura dos portões será às 14h. Segundo a FPF (Federação Paulista de Futebol), o acesso da torcida corintiana será realizado pelo portão principal, além do 17, 19 e 21.

Enquanto isso, a torcida palmeirense chegará ao Tobogã entrando pelo portão da Rua Desembargador Paulo Passalacqua. A Rua Itápolis estará interditada pela CET.

Não há mais ingressos de arquibancada corintiana.

Bandeirão - A Gaviões da Fiel promete abrir hoje, pela primeira vez, o maior bandeirão do mundo. Com 15 mil metros quadrados (250 m x 60 m), o estandarte foi confeccionado no Parque Novo Oratório, em Santo André, para homenagear o centenário. A ideia é cobrir desde as cadeiras cobertas do Pacaembu até a arquibancada roxa. (Das Agências)

Roberto Carlos reencontra Verdão pela primeira vez
A estreia de Roberto Carlos em clássicos com a camisa do Corinthians é, na verdade, um reencontro. Já são 15 anos desde que ele deixou o Palmeiras para se consagrar na Europa. Sem sentimentalismo, o lateral-esquerdo disse que vai comemorar caso marque um gol contra seu antigo clube.

Mas o jogo de hoje guarda outra coincidência. Roberto Carlos, então com 22 anos, deixou o Palmeiras em 1995, depois de um duelo marcante contra o Corinthians. A derrota por 2 a 1, em Ribeirão Preto, tem motivos de sobra para ser esquecida pelo craque. O lateral perdeu um pênalti e viu os corintianos levantarem o troféu do Campeonato Paulista, após jejum de sete anos.

Roberto Carlos enfrentou o Corinthians 12 vezes com a camisa do Palmeiras e manteve um retrospecto favorável. Foram seis vitórias, dois empates e quatro derrotas. Mas fez apenas um gol. O que marcou a passagem do lateral pelo clube alviverde, porém, foram as conquistas. Integrou a geração que encerrou 17 anos de fila sem títulos do clube. Em 1993 e 1994, venceram dois Paulistas e dois Campeonatos Brasileiros.

"Minha época de Palmeiras foi maravilhosa, mas já passou. Respeito todos os clubes, mas se fizer gol eu vou comemorar como se fosse qualquer outro adversário", disse o lateral quando chegou ao Corinthians, no início do mês. (Da AE)

‘Garçom' Cleiton é a arma verde no clássico
Quando Cleiton Xavier deixou o campo do estádio Santa Cruz machucado, quarta-feira, o torcedor palmeirense ficou preocupado. Não apenas porque o meia havia marcado o gol da vitória sobre o Monte Azul por 1 a 0, em Ribeirão Preto, mas pelo Palmeiras não ter conseguido balançar as redes sem que o atleta tivesse participado da jogada em 2010. Nos 11 gols da equipe no Estadual, o meia marcou ou ajudou. Hoje, sem dores, ele está confirmado na escalação.

Até agora, Cleiton anotou dois gols no Campeonato Paulista e participou dos outros nove. Cruzou para Léo marcar e deu passe para Diego Souza e Robert. A bola sempre passa pelos seus pés nos momentos decisivos. "Ele é um grande jogador e tem um excelente caráter", elogiou Muricy Ramalho.

O treinador conhece bem o camisa dez e não precisa dar muitas instruções para ser atendido. "Ele me entende mais", confirmou. "Quando ele tinha 18 anos eu o coloquei para jogar no Internacional", lembrou.

O alagoano de 26 anos saiu cansado do último jogo. E com dores. "Foi só uma cãibra", explicou o médico Vinícius Martins. O susto foi grande. Afinal, o Palmeiras está com poucas opções para o clássico, principalmente após a ida de Deyvid Sacconi para o Nantes, da França.

Cleiton chegou ao Palmeiras no início de 2009 e está invicto contra o Timão. Em três jogos no ano passado, venceu um, empatou dois e não fez gols. Hoje, tenta deixar sua marca e pode ser o único responsável pela armação de jogadas - Muricy estuda entrar com três volantes. (Da AE)

Polícia Militar garante segurança total
As estações de metrô e de trem, além do caminho que as torcidas de Corinthians e Palmeiras vão percorrer até o estádio do Pacaembu, receberão atenção especial para o clássico de hoje.

De acordo com o major José Balestiero, do 2.º Batalhão de Choque da Polícia Militar, serão 180 homens e oito cães na parte interna e 300 policiais e cavalaria do lado externo.

As estações que merecerão esquema especial são Barra Funda, Clínicas, Sé, Trianon e Corinthians-Itaquera.

O caminho dos torcedores também já está definido. Corintianos vão descer na estação Barra Funda e caminhar pela avenida Pacaembu. Palmeirenses descerão na estação Clínicas, caminharão pela rua Major Nathanael e por um trecho da avenida Paulo Passalacqua, entrando pelo portão par da rampa do Tobogã. (Da AE)




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