Setecidades Titulo Abastecimento
Moradores ficam 11 dias sem água em Diadema
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
02/11/2011 | 07:30
Compartilhar notícia


Desta vez o problema não é a cobrança abusiva na conta da água da população, mas sim as torneiras secas. Moradores do Parque Reid, em Diadema, ficaram 11 dias, até ontem por volta das 13h, sem fornecimento da Companhia de Saneamento de Diadema. Alguns munícipes da Passagem Particular e da Avenida Conceição, por exemplo, permaneciam sem água em suas torneiras, até o início da noite.

Ao ser questionada ontem, a Saned confirmou o problema, mas afirmou ter solucionado. Segundo a empresa de economia mista e com pelo menos 90% de suas ações pertencentes à Prefeitura, "a interrupção no fornecimento de energia elétrica, ocorrida dia 22 de outubro, danificou a estação de bombeamento de água que abastece a região do Parque Reid".

Além do possível problema elétrico, a Saned informou que "há indícios de que o desligamento brusco da estação tenha provocado o rompimento da tubulação". Agora resta encontrar esse ponto, o que "a empresa pesquisa em série de locais em busca de eventual vazamento".

"A minha caixa-d'água está vazia e a torneira seca", reclamou o segurança Darci Vieira Campos, 63, um dos 18 moradores da Passagem Particular, travessa da Avenida Conceição. Na pia da cozinha, pilha de louça acumulada, conforme a equipe do Diário registrou na tarde de ontem.

Mas a falta de água no bairro não é apenas problema pontual ou de interrupção de fornecimento de energia elétrica, como justificado pela companhia. Moradores afirmaram que o fornecimento de água ocorre, diariamente, somente depois das 23h. "Nunca existe água de dia", disse a dona de casa Sandra Andréa Soares Souza, 38 anos, moradora há sete anos na Passagem Particular.

O que foi confirmado por Elizete Mendonça Martins, 71, residente há 11 anos. "Nunca consegui encher minha máquina de lavar durante o dia", contou.

Drama não diferente na recém-moradora da rua, a cuidadora Lucia de Fátima da Silva Farias, 54, que completará um mês no local dia 8. Ele disse que levanta todos os dias às 4h para ver se a água chegou para começar a faxina. "Aproveito para lavar a louça e encher a máquina", afirmou, surpresa com a situação encontrada no bairro.

 

Garagem é utilizada para abrigar galões e baldes 

Em vez do carro, caixa-d'água plástica de 500 litros reserva na garagem. No lugar das plantas, galões de 20 litros e baldes, além de mangueiras para encher os recipientes. Esse é o cenário comum em várias residências da Avenida Conceição e da Passagem Particular, no Parque Reid, em Diadema, bairro divisa com a Capital.

A mangueira, além de encher os reservatórios, também atravessa sala, cozinha até chegar na área de serviço das casas. "Quando a água chega à noite, a gente abre a torneira e utiliza a mangueira para encher os baldes e os galões no quintal", explicou Lucia de Fátima Farias, uma das moradoras que têm a garagem multiuso.

A Saned não confirmou a informação de que a água só chega à noite ao bairro. E justificou que "em alguns pontos muito altos, a pressão disponibilizada na rede pode não ser o suficiente para vencer a altura. Isso pode causar intermitência no abastecimento, sobretudo nos períodos de pico de consumo".




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;