Artigo

O exercício ilegal da profissão está entre as principais preocupações do Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo). Medidas de combate a essa prática ilegal são promovidas diariamente por nosso departamento de fiscalização. O objetivo é identificar os casos para levá-los ao conhecimento das autoridades policiais, visto que trata-se de crime tipificado pelo Código Penal Brasileiro. Por meio do trabalho conjunto, a fiscalização e a polícia visam impedir e punir aquelas pessoas que, sem diploma ou registro, prestam serviços que são exclusivos dos profissionais da odontologia. E os resultados são bastante positivos, graças a investimentos nos dois últimos anos para intensificar e modernizar o setor.

Toda a classe que atua na área de Saúde bucal ganha com a maior eficiência da fiscalização, mas é a população do Estado de São Paulo a principal beneficiada. O cidadão que é submetido a atendimento por pessoa não habilitada fica sujeito a sérios riscos de saúde. Isso porque, na maioria das vezes, tais atendimentos são realizados de maneira precária e sem o conhecimento técnico essencial nos cuidados de Saúde bucal. Aqueles que exercem ilegalmente a odontologia atuam, invariavelmente, sem estrutura adequada, o que inclui ausência de atendimento às normas de higiene e uso de equipamentos e materiais inadequados. O paciente pode ficar sujeito, por exemplo, a infecções graves, redução óssea e perda de dentes. São consequências perigosas, com reflexos que podem se tornar permanentes, envolvendo até o risco de óbito. É o barato que sai caro!

Em 2015, o Crosp promoveu a campanha A Moda Passa, o Prejuízo Fica, com intuito de conscientizar os jovens paulistas sobre os perigos do uso de aparelhos ortodônticos falsos. A necessidade das orientações surgiu depois que o conselho flagrou diversos casos de colocação de aparelhos ilegais e irregulares, por pessoas não habilitadas e, muitas vezes, de forma caseira. Por simples modismo, os adolescentes procuravam pelas alternativas inadequadas em razão do baixo custo e acabavam colocando a própria saúde em risco. Em caso mais extremo, ocorrido na Capital, indivíduo chegou a usar fios de vassoura coloridos nos aparelhos dos adolescentes.

O conselho mantém ações de fiscalização de forma permanente. A sociedade é importante agente nesse processo. Nossa orientação é que os pacientes procurem exclusivamente por cirurgiões-dentistas inscritos no Crosp, condição obrigatória para o exercício legal da odontologia. E nosso pedido é que, ao ser constatado possível caso de irregularidade, o fato seja denunciado por meio do site do Crosp, no ícone ‘Fale conosco’, ou do aplicativo do Crosp News. Única denúncia pode evitar centenas de novas vítimas. Contamos com o apoio de todos!

Claudio Miyake é presidente do Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo).<EM>

Palavra do leitor

Buracos, Lua, luz...
Em Mauá há muitos buracos, falta de sinalização e agora está às escuras. As ruas de bairros centrais da cidade estão esburacadas, têm mais crateras que a Lua, porém, a Lua é a única iluminação de alguns desses locais, às escuras há muitos dias. Ruas Santos Dumont, Almirante Tamandaré, Princesa Isabel, Alvares Machado, entre outras, estão no breu. E isso no Centro, imaginem na periferia, que está abandonada. Falta sinalização e os cruzamentos estão com buracos que obrigam motoristas a fazerem manobras perigosas. Reclamei e garantiram-me que fariam os reparos, porém, não fizeram nada. Na Rua Santos Dumont, os números 533 e 536 precisam de tapa-buracos. Nessa ladeira temos pedidos de redutores de velocidade para segurança de todos. Seria sinalização de solo. Não conseguimos falar no 156.
José Eduardo Zago
Mauá

Balanço negativo
Nem fiquei impressionado com o vultoso deficit de R$ 1,5 bilhão nas contas de São Bernardo (Política, dia 14). Basta verificar que a cidade tem o maior número de cargos comissionados, que ganham até três vezes mais que os demais funcionários concursados. Falta concurso público há mais de oito anos e há êxodo de funcionários concursados para outras prefeituras e Estado, que pagam melhor, principalmente professores e guardas municipais. Isso é o resultado de falta de controle público das finanças. No atual tempo de crise o ideal seria cortar esses cabides de empregos.
Francisco Helder
São Bernardo

Rua Jônio
Há descaso dos órgãos públicos de São Bernardo a respeito de casa abandonada que, por azar, é vizinha a onde moro com minha mãe, nonagenária com afecções físicas e cadeirante, na Rua Jônio, no Jardim do Mar. Quando ligo no disk-dengue pedem-me que só volte a ligar quando já tiver comprovados ao menos quatro ou cinco casos de pessoas infectadas. Informaram-me que a Prefeitura não tem tantos veículos e equipamentos para atender toda cidade. Contataram-me procurando me acalmar de que medidas seriam tomadas. Mas, passados já alguns meses, nada mais aconteceu. Conforme o pronunciamento da ‘presidenta’ Dilma Rousseff, a obrigação é de todos nós no combate ao Aedes aegypti. E mais, que a luta deve ser de casa em casa. Uma única casa não inspecionada e sanada pode gerar contaminação para toda a região, pois um único mosquito pode depositar mais de 600 ovos. É o que pode acontecer comigo em São Bernardo. Trata-se de utilidade pública e muito séria!
José Safrany Filho
São Bernardo

Paraquedista
Com relação à CPMF, o governo Dillma mais parece aquele paraquedista que, sem paraquedas reserva, fica rezando para que o principal abra. Mas, nós, brasileiros, torcemos para que este Congresso vendido não deixe que o paraquedas abra. Porque quem vê que só R$ 10 bilhões arrecadados pela CPMF resolveriam os atuais problemas de caixa do País não terá condições de resolver o resto, que se avolumou nesses 13 anos de PT no poder. O problema foi com os paraquedistas principais, que jogaram a economia em queda livre.
Beatriz Campos
Capital

Advogados
Por que alguém precisa de advogados para dizer que a propriedade não é sua?
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Não dar certo!
A matriz dos erros do PT e de seus governos pode ser encontrada, basicamente, em prodigiosa preguiça mental que os faz viverem em pleno século 20. Suas lideranças são proibidas de pensar. Continuam dependentes de ideias mortas, repetindo o palavreado usado pela esquerda retrógrada nos anos 1950, ou até 1930. Recusam-se a entender que o socialismo é fé extinta, e recusam a fazer o mínimo para conviver com a realidade de mundo regido pela liberdade econômica, pelo império do conhecimento e pela democracia. A consequência é que o PT não consegue ser fonte geradora de nenhuma proposta coerente para o Brasil. Não reage mais a estímulo algum. É como se estivesse em estado de morte cerebral, respirando artificialmente por aparelho, no caso, os cargos que ocupa na máquina pública, e apenas isso. Mais que tudo, talvez o PT e a esquerda não existem sem Lula. Após 13 anos no poder, eles se tornaram a mais agressiva de todas as forças que atuam contra as mudanças indispensáveis para o avanço social do Brasil. Este é o Brasil que o PT quer. Não dar certo!
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo