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Ministro diz que refém italiano morreu como herói
Do Diário OnLine
Com Agências
15/04/2004 | 13:24
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O ministro das Relações Exteriores, Franco Frattini, afirmou nesta quinta-feira que o refém italiano executado no Iraque morreu como um herói. Fabrizio Quattrocchi levou um tiro na nuca na quarta, ao lado dos outros três italianos — todos funcionários de empresas de segurança ocidentais que operam no Iraque.

Frattini disse que viu as imagens da execução, que foram enviadas à TV árabe Al Jazeera mas não foram divulgadas. Segundo o ministro, ao perceber que seria executado Quattrocchi, 36 anos, tentou tirar a venda que tapava seus olhos e gritou: “agora eu vou mostrar-lhes como um italiano morre”.

“Ele morreu com um herói”, comentou Frattini. Os outros três italianos seguem nas mãos dos seqüestradores, que exigem a retirada das tropas da Itália que participam da ocupação do Iraque.

União- Após a execução de Frattini, até os partidos italianos de oposição apoiaram a decisão do primeiro-ministro Silvio Berlusconi em não aceitar as exigências dos seqüestradores.

“Acabaram com uma vida, mas não com nossos valores nem com nosso compromisso em favor da paz”, declarou Berlusconi. O horror e a indignação tomaram conta da Itália após a divulgação da execução.

“Ante o vil ataque do terrorismo, não devemos ceder nem um milímetro”, declarou o líder da oposição Francesco Rutelli. “Não vamos retirar as tropas do Iraque porque uma brigada de assassinos exige isso. Sobre esse assunto, governo e oposição não polemizam”, acrescentou.

Os dois principais partidos da oposição apóiam o governo, enquanto os Verdes e a Refundação Comunista exigem a retirada imediata das tropas italianas do Iraque. No entanto, o apoio político da oposição tem um preço e obriga Berlusconi a defender que as Nações Unidas assumam o controle da situação no Iraque.

“Sem uma nova deliberação da ONU, exigiremos a retirada das tropas italianas do Iraque depois de 30 de junho”, acrescentou Rutelli, assumindo a mesma posição dos socialistas espanhóis. Frattini explicou que o governo vai “trabalhar para que a ONU, a partir de hoje, através do Conselho de Segurança, legitime explicitamente e formalmente um novo governo no Iraque a partir de 30 de junho”.

“A Itália apresentará a solicitação formal aos Estados Unidos na próxima semana”, garantiu o ministro. A maioria dos italianos foi contra a intervenção militar no Iraque.




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