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'Sex and the City' na telona
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
06/06/2008 | 07:13
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Divulgação


A atriz Kim Cattrall enfrentou muito nariz torto durante os quase quatro anos que separaram o fim da sexta e última temporada da série e o início da produção de Sex and the City - O Filme, que estréia hoje no Grande ABC e na Capital. Pois, bem. Aqueles que algum dia pensaram mal da intérprete da voraz Samantha Jones terão de dar a mão à palmatória: sem Kim, o filme não existiria. Mas não espere mais do que a série já trouxe.

São da relações-públicas os melhores momentos da comédia (que em muitos momentos ganha o apêndice do drama). Dirigido pelo mesmo Michael Patrick King do seriado, consegue resguardar melhor do programa exibido entre 1998 e 2004: diálogos afiados e bem-humorados, a narração em off de Carrie, além de muita alta costura, meu bem. Para quem nunca viu a série, porém, o longa pode ser bem enfadonho.

A conclusão nas telonas da saga da jornalista Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) e do trio Samantha, Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) e Charlotte York (Kristin Davis) em busca do amor na Big Apple era dada como certa em 2005. Mas Kim Cattral quis negociar cachê mais compatível ao de Sarah, produtora da história inspirada no livro da jornalista Candace Bushnell. Ao que tudo indica, teria conseguido US$ 6 milhões, enquanto a ruiva e a morena supostamente levaram US$ 2 milhões cada. A protagonista embolsou US$ 15 milhões por produção e atuação.

Graças a Deus é Samantha o espírito da série, mesmo quietinha em uma relação estável. Com o perdão da figurinista Patricia Field, ela ofusca sapatos Manolo Blahnick, bolsas Louis Vuitton e vestidos Versace (ou Dolce e Gabbana, ou Roberto Cavalli, ou Calvin Klein),

No filme, passaram-se quatro anos desde que Big (Chris Noth) resgatou Carrie em Paris. Apaixonados, compram uma cobertura na 5ª Avenida e logo planejam se casar. A escritora agora tem três livros lançados, continua escrevendo artigos para a Vogue e vive às voltas com as amigas que restaram em Nova York: Charlotte, criando a filha chinesa adotiva com o parceiro judeu Harry (Evan Handler) e Miranda, vivendo no Brooklin com o marido dono de bar Steve (David Eigenberg) e o filho.

Samantha agora mora na Califórnia, onde assessora o namorado ator Smith (Jason Lewis). Embora entediada com a nova vida, se mantém fiel, o que lhe custa alguns quilos a mais ao resistir à tentação do vizinho sedutor. Incrivelmente, ela faz tanto sexo no longa quanto Carrie. O que significa bem pouco.

O roteiro engrena quando o tempo de calmaria acaba para o quarteto. Big - que, como se sabe desde o fim da série, se chama John - começa a temer a responsabilidade de se casar pela terceira vez, Miranda vive um período de seca sexual, dividida entre tantos afazeres, algo que pode lhe custar o relacionamento. E Charlotte, que tentou tanto na série, finalmente engravida, mas morre de medo de que a alegria dure pouco.

É no momento em que as amigas estão sozinhas em um resort mexicano (depois de uma reviravolta digna de ópera) que a trama deslancha. Humor digno de banheiro feminino. O que não necessariamente significa algo ruim. A tal ‘reviravolta' rende também a Carrie novos fios morenos e uma assistente esperta que adora bolsas (Jennifer Hudson, Oscar de coadjuvante em 2007).

Posto isso, não custa alertar novamente aos fashionistas: fique de olho no figurino. Incluindo os vestidos de noiva assinados por Oscar de la Renta, Lanvin e Vivienne Westwood, entre outros.




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