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Santo André tropeça
no gramado do Bruno
Derek Bittencourt
do Diário do Grande ABC
22/03/2011 | 07:28
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Não bastasse os problemas estruturais do Estádio Bruno Daniel interditarem o setor das cadeiras cobertas e limitarem o número de torcedores em jogos do Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro da Série C a apenas 8.000 pessoas, o descaso da Prefeitura também atinge o time. Isso porque, desde o início do ano, os próprios funcionários da administração municipal fazem a manutenção do gramado e, sem os equipamentos ideais, deixam o serviço a desejar, afinal assumem função que não têm experiência.

O contrato da Prefeitura andreense com a empresa World Sports, esta que era responsável pelo plantio, corte, nivelamento, drenagem, demarcação e demais funções de gerenciamento do gramado, terminou no fim de 2010 e ainda não foi renovado. Assim, os mesmos funcionários responsáveis pelo trabalho em praças, jardins e ruas da cidade têm realizado o serviço no campo em que o time profissional disputa os torneios mais importantes do País.

De acordo com o técnico do Ramalhão, Sandro Gaúcho, se levar em comparação a situação do gramado atual com a do ano passado, a disparidade é evidente. "Existe diferença de quando tinha a empresa cuidando para agora. O pessoal da Prefeitura vem tentando ajudar, mas não é a mesma coisa de uma equipe especializada", comentou. "A grama está rala, o que dificulta um pouco. Os jogadores sentem isso e treinamos para nos adaptar", emendou o comandante.

Pela extensão do campo são vistas falhas no gramado, buracos e outros problemas. Nas linhas de fundo, a altura da vegetação impressiona e chega a cobrir a demarcação do campo, para quem olha de trás dos gols. Questionado sobre o assunto, o diretor de Esportes de Santo André, Almir Padalino, prometeu por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura resposta para amanhã.

 

OUTROS PROBLEMAS - O drama que o Bruno Daniel vive se estende há pelo menos três anos, envolto a promessas e projetos da administração municipal que não saem do papel. A instalação das comportas ao lado do estádio - realizada pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) - no ano passado, funcionou parcialmente para chuvas sem milimetragem excessiva. A intervenção foi realizada tentando evitar que se repetissem cenas como as de 2009, quando a partida entre Santo André e Marília, pelo Paulistão, teve de ser suspensa em função do alagamento dos vestiários e áreas baixas (sala de musculação, cozinha, alojamentos e outros).

No início deste ano, porém, a Promotoria de Justiça do Consumidor interditou o setor das cadeiras cobertas em razão das más condições da marquise - como inflitrações e vegetação crescendo nas rachaduras - e limitou a capacidade do estádio até que as obras necessárias sejam realizadas. Mas quando?

 

Com três gols, Codó é artilheiro da equipe

 

Com o gol marcado no empate contra o Oeste (2 a 2, sábado, no Bruno Daniel), Célio Codó tornou-se o artilheiro do Santo André na temporada. Se levarmos em conta que até agora o Ramalhão já disputou 16 jogos, poderia presumir-se que o atacante com mais tentos no ano marcou pelo menos oito ou nove vezes. Mas a realidade é outra: apenas três - dois pela Copa do Brasil e este último pelo Campeonato Paulista.

Dono do pior ataque do Estadual, com 11 gols, o Santo André ainda busca acertar seu pelotão de frente. Já tentou diversas duplas entre Codó, Rychely, Borebi, Adriano Louzada, Luciano Fonseca, Igor e Nunes (este último já deixou o clube). E, de acordo com o técnico Sandro Gaúcho, está se ajeitando. "Fizemos dois contra o Sampaio Correa (pela Copa do Brasil) e dois contra o Oeste. Então melhoramos nesse aspecto", afirmou.

Célio Codó, por sua vez, comemora a volta por cima que lhe rendeu o status de artilheiro, mas cobra melhoras. "No início aqui no Santo André, tive oportunidades com o Pintado (ex-treinador) e não fui bem. Acabei ficando de fora, o que serviu para eu trabalhar a parte física e técnica. Voltei contra o Sampaio Correa (na quarta-feira), fiz gol, marquei contra o Oeste, tenho conseguido jogar bem e espero continuar assim", afirmou.

"Algo está errado, mas não é só ataque ou só defesa. Todos os setores. Mas a partir desse jogo contra a Portuguesa vamos acertar", emendou Codó, referindo-se ao jogo de amanhã, às 19h30, contra a Lusa, no Canindé..

Para esse confronto, aliás, Sandro Gaúcho não poderá contar com os zagueiros Marcelo Godri e Vitor Hugo, além do meia Allan, todos suspensos pelo terceiro cartão amarelo. O volante Mário Jara, por sua vez, está no departamento médico recuperando-se de dores no músculo adutor da coxa direita. Hoje pela manhã o time realiza o último treinamento antes da partida.




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