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HP Brasil prevê crescimento de 9%
Do Diário do Grande ABC
21/07/1999 | 17:17
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Com um faturamento de US$ 703 milhoes no ano passado, a Hewlett-Packard do Brasil (HP) prevê um crescimento de até 9% até o fim do ano nas suas áreas de computaçao, imagem e de mediçao, incluindo instrumentos de teste em telecomunicaçoes, laboratórios de eletrônica, química analítica e componentes especiais.

Ao dar a informaçao, o presidente da HP do Brasil, Carlos Ribeiro, disse nesta quarta que a empresa - uma das maiores no mundo nessas áreas, com faturamento de US$ 50 bilhoes em 1999 - pretende ampliar seus negócios de consultoria, os E-Services (variados tipos de serviços às empresas e usuários em geral) e acordos com empresas, como fez a matriz norte-americana.

Nos Estados Unidos, a HP firmou um recente acordo de fornecimento de tecnologia para a Ariba, que liga empresas a fornecedores através da Internet e que fatura US$ 70 bilhoes por ano. Um levantamento da International Data Corporation constatou que o volume de negócios pela Internet atingiu US$ 48 bilhoes no ano passado e chegará a US$ 1,3 trilhao em 2003.

Mundo de chips - Palestrante nesta quarta na reuniao almoço da Federaçao das Associaçoes Comerciais (Federasul), Carlos Ribeiro alertou as empresas para a segunda etapa da globalizaçao pela Internet e sobre os riscos de empresas tradicionais serem ultrapassadas por outras que utilizem novas técnicas de comércio e vendas pela nova realidade virtual.

Exemplificou com a Amazon, uma livraria que nao existia em 1995 e que nesse ano de 1999 vai faturar US$ 2 bilhoes com vendas de livros e serviços pela Internet, ameaçando o poderio de grandes e tradicionais livrarias norte-americanas. ``O primeiro banco virtual do mundo, o Security Bank, surgiu em 1995, e agora já possui uma outra empresa que oferece tecnologia bancária a outros bancos'.

Carlos Ribeiro afirmou que as empresas e os países do Terceiro Mundo nao podem perder essa corrida tecnológica, ``sob pena de ficarem numa espécie de quarto mundo'. Ele citou que uma casa norte-americana já possui em média 50 chips processadores (de microondas, vídeos, cafeteiras etc.) e chegará, dentro de cinco anos, a uma média de 280 chips, o que significa a produçao de 10 bilhoes de novos chips.

Divisao - Ele observou que muitas empresas preferem aguardar o que vai acontecer, sem querer investir sob a alegaçao na demora de retorno financeiro (com vendas pela Internet, por exemplo). Mas Ribeiro advertiu que ``quem sair na frente vai estar depois na frente dos concorrentes'.

A HP vai ser dividida até o fim do ano em duas empresas, tanto na matriz como na sua empresa brasileira: uma atenderá a área de computaçao e imagem, responsável por 85% do atual faturamento; e a de mediçao, incluindo todos os tipos de equipamentos para telecomunicaçoes e eletrônica.

Os acionistas majoritários continuarao os mesmos, mas Carlos Ribeiro admitiu que poderá haver oferta pública de açoes após aquela divisao.

Quanto aos riscos de pirataria pelos chamados hackers, o empresário disse que a HP é uma das líderes na área de segurança, possuindo programas como o ``presidium', utilizado por mais de 100 bancos no mundo e que protegem US$ 5 trilhoes. ``A crescente tecnologia irá cada vez mais reduzindo esses riscos, pois o usuário será identificado pelos dispositivos que usar', antecipou.




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