“Vamos construir um país mais forte e vamos fazer isso dando prioridade ao emprego”, declarou o candidato antes de iniciar sua viagem pela Virgínia Ocidental, Pensilvânia, Ohio e Michigan. Ele está viajando em um ônibus batizado de “Expresso do Primeiro Emprego — No caminho de uma economia mais forte”.

Os quatro Estados industriais fazem parte de um grupo de 17 que são considerados, pelos analistas de campanha, como indecisos entre democratas e republicanos. O candidato que vence em um Estado tem direito de indicar todos os delegados que votam no Colégio Eleitoral, que define o nome do presidente eleito.

Segundo as pesquisas, o emprego e a situação econômica são temas essenciais para os americanos na campanha presidencial. Ao chegar na Virginia Ocidental, John Kerry prometeu defender a indústria americana se eleito.

“Depois de perder 2,8 milhões de empregos na indústria e ver como a renda média das famílias caiu US$ 1,4 mil, os americanos precisam de um presidente que lute por seus interesses”, afirmou. Em março passado, Kerry prometeu criar dez milhões de empregos em quatro anos lutando contra a imigração de empresas para países como China e Índia.

“Os trabalhadores não querem ser vítimas de seu próprio governo, que se mantém cego em relação à China e a outros países que não cumprem com sua parte no jogo”, discursou. O democrata lembrou que os produtos feitos nestes países são mais baratos porque neles existem “práticas abusivas de trabalho infantil, supressão dos direitos dos operários, a destruição do meio ambiente e outras violações dos direitos universais básicos”.

Kerry assegurou que lutará contra as barreiras comerciais estrangeiras que atingem a indústria americana e seus trabalhadores e pedirá que sejam analisados os acordos comerciais para se garantir de que os sócios dos Estados Unidos respeitem suas obrigações. Ele não citou as barreiras americanas, como as que prejudicam a agricultura de países como o Brasil.

Kerry prometeu igualmente realizar “sérios esforços para deter a falsificação de dólares, como acontece em países como a China e o Japão”.