Joanna de Flandres foi a segunda ópera escrita por Carlos Gomes (a primeira foi A Noite do Castelo, em 1861). O ano era 1863 e o compositor, que residia no Rio de Janeiro, tinha 27 anos. Essa obra foi fundamental para que ele conseguisse, na seqüência, uma bolsa de estudos para a Europa. “Essa é uma obra de um gênio latente, que sabia o que estava fazendo”, afirma o maestro Oliveira.
A ópera está dividida em quatro atos. Todos serão exibidos nesta quarta, de forma resumida, e precedidos de um texto narrado por Alfredo Alves (da rádio Cultura). Como o libreto de Salvador de Mendonça foi todo escrito em português, não haverá legenda. “É um aperitivo”, afirma o maestro.
Esta raridade de Carlos Gomes, que foi dada como perdida até 1890, volta aos palcos por meio do projeto Memória da Ópera Brasileira, capitaneado pelos maestros Oliveira e Acchile Picchi. Ambos ficaram quatro anos trabalhando na recuperação das 1,5 mil páginas da partitura.
A intenção dos dois é realizar no ano que vem a montagem completa de Joanna de Flandres – com cenários e figurinos – em várias capitais brasileiras. Para isso, precisam de mais patrocinadores, além da Unisys, que apóia esta primeira fase da empreitada.
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