A proposta será levada neste mês à Petrobras pela Unipar, principal acionista da PqU, que detém 37% do capital da companhia. A ampliação de centrais petroquímicas também é cogitada pela Braskem e pelo grupo Ultra. A Braskem tem projeto para montar unidade na divisa entre Brasil e Bolívia, que vem sendo discutido há cerca de cinco anos. Prevê recursos de US$ 1 bilhão para produzir cerca de 600 mil toneladas por ano de polietileno.
O projeto do grupo Ultra está baseado na matriz de petróleo pesado extraído na bacia de Campos (RJ). É um projeto mais complexo, com investimento estimado em US$ 2,5 bilhões, previsto para o Estado do Rio de Janeiro.
Em setembro, como parte do investimento de US$ 500 milhões anunciado para o Pólo Petroquímico de Capuava, foi formalizado o acordo entre a Petrobras e a PqU para o fornecimento de gás de refinaria. Essa expansão prevê elevar a capacidade instalada de produção, em meados de 2007, de 500 mil toneladas para 700 mil toneladas de eteno por ano. Para o presidente da Unipar, Roberto Dias Garcia, esse é um forte argumento para viabilizar os investimentos no Grande ABC, já que daria sustentação a um novo projeto de expansão.
Segundo Garcia, a nova proposta de expansão permite novo salto na produção da empresa. Além disso, o Pólo de Capuava tem condições naturais de absorver esse novo investimento, principalmente por estar apoiado em dois referenciais básicos: fonte de matéria-prima e mercado consumidor. Ele cita como vantagens o fato de que a PqU é a única das três centrais brasileiras que se abastece de nafta só da Petrobras e fica próxima das quatro refinarias da estatal, ao lado de Capuava e próxima às de Paulínia, Cubatão e São José dos Campos.
Outro argumento ressaltado por Garcia se refere ao mercado consumidor, já que 70% se concentra na região Sudeste. "O Grande ABC reúne as melhores condições para absorver a expansão e também tem vocação industrial natural para sediar um pólo petroquímico de porte", afirmou.
O executivo espera que o Pólo de Capuava seja escolhido como sede da central petroquímica ampliada porque possui agregado de custo e logística. "Essas são equações que devem ser respeitadas para o projeto não se tornar artificial", afirmou. Segundo Garcia, para entrar em operação em 2009, o projeto está sendo elaborado e inclui estruturação em torno do fornecimento de matérias-primas – nafta, condensado, gás de refinaria ou gás natural, entre outras.
Também segundo Garcia, a infra-estrutura da região permite alavancar os investimentos. Ele disse que há terrenos disponíveis e que não seriam necessários investimentos de apoio. "Todas as empresas do Pólo têm folga para abrigar a nova ampliação", afirmou. O executivo comentou ainda que outros gargalos da PqU também estão sendo equacionados, como o suprimento de água, que tem soluções encaminhadas.
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