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Irregularidade ditou campanha do Santo André no Brasileirão
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
07/12/2009 | 07:05
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Série de jogos sem vencer, três treinadores diferentes, muita reclamação sobre arbitragem e quase 50 jogadores no elenco. Essa foi parte do problema do Santo André no Campeonato Brasileiro e que resultou na queda para a Série B de 2010. Muita expectativa foi criada no retorno do Ramalhão à elite nacional após 25 anos, mas a irregularidade na campanha fez com que a felicidade acabasse.

Quando Sérgio Guedes iniciou o Brasileirão com empate diante do Botafogo, por 2 a 2, no Bruno Daniel, e venceu o Coritiba na rodada seguinte, por 4 a 2, no Paraná, parecia que o Santo André estava fadado a se dar bem na Série A. Tanto que, naquela ocasião, ocupou a terceira colocação.

Logo em seguida veio a primeira derrota, para o Flamengo (2 a 1), em casa. Mas até aí tudo normal, já que na sequência conquistou três empates, contra Atlético-MG, Santos e São Paulo, e venceu o Sport.

Analisada a campanha até então, nem parecia que o time brigaria para não cair. E a boa fase seguiu. Apesar da derrota para o Vitória, empatou com o Barueri e venceu Fluminense e Atlético-PR.

Porém, as derrotas para Palmeiras, Cruzeiro e Grêmio não caíram bem. E somadas após a interferência da diretoria no trabalho, Sérgio Guedes deixou o Santo André - o treinador não queria utilizar o atacante Osny e a diretoria exigia a escalação.

O ídolo Sandro Gaúcho foi então chamado para cobrir a lacuna de técnico e somou empate com o Corinthians. Na sequência, Gallo foi anunciado como salvação. Mas o que se viu foi o contrário: derrotas para Goiás, Avaí, Náutico e Inter.

Nem mesmo as vitórias sobre Botafogo e Coritiba aliviaram o clima na equipe e a derrota para o Flamengo foi a gota d'água para o treinador, que surpreendentemente entregou o cargo alegando novamente interferência da diretoria no trabalho.

Sandro Gaúcho foi acionado mais uma vez, mas viu o time perder para o Atlético-MG. A diretoria, então, recorreu ao responsável pelo acesso à Série A: Sérgio Soares.

Demorou até implantar sua filosofia no clube e o time colecionou derrotas para Santos e Sport, e empate com o São Paulo. Quando a equipe encaixou, já era tarde e, apesar das vitórias sobre Vitória, Palmeiras, Cruzeiro e Grêmio, e empate com o Barueri, as derrotas para Fluminense, Cruzeiro e Corinthians deixaram o time literalmente à espera de um milagre.

Os triunfos diante de Avaí e Náutico até deram esperanças, mas o resultado de ontem, contra o Inter, foi providencial para o fim trágico do Ramalhão na Série A.




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