Artigo
Períodos de instabilidade econômica trazem o impulso de poupar recursos, porém em inovação pode ser diferencial competitivo a continuidade dos investimentos. Os benefícios que nova tecnologia traz, por exemplo, com a diminuição do risco de erros, impactam positivamente na produtividade. O investimento precisa ser certeiro e pode ser o diferencial para o negócio em médio e longo prazos. Em construção civil, a tecnologia que tem revolucionado os projetos é a BIM (Building Information Modeling – Modelagem de Informações de Construção, na tradução livre), que facilita a comunicação e o entendimento entre engenheiros e arquitetos. O conceito tem impactado no andamento de construções por melhorar a compreensão e planejamento das atividades em fases anteriores à obra, evitando erros e desperdícios.
As primeiras pesquisas já mostravam que as mudanças no processo eram significativas. Em 2012, a editora McGraw Hill publicou estudo que mostra a percepção dos investidores em relação ao BIM – para 52%, a tecnologia aumenta os lucros, e 60% apontam diminuição no prazo dos empreendimentos. Em São Paulo, foi realizado estudo que mostra que interferência entre uma viga e uma tubulação hidráulica, evitada pelo potencial do BIM, poupa cerca de R$ 3.000, levando-se em conta cálculos com base nos salários recomendados pelo Crea/CAU e as tabelas de composição de preços para orçamento. A BIM permite a construção virtual de empreendimentos, em que todas as disciplinas de projetos podem ser modeladas em 3D, centralizando as informações em única fonte de dados em que a alteração de um elemento pode ser refletida entre as diversas pranchas de projetos.
Órgãos governamentais estão instituindo o uso da plataforma em obras públicas. No Reino Unido, por exemplo, foi criada lei em 2011 segundo a qual todos os projetos, iniciados a partir de 2016, só serão aprovados se desenvolvidos na tecnologia BIM. De forma semelhante, no Brasil, a Comissão de Desenvolvimento Urbano levou à discussão em novembro de 2015 a obrigatoriedade do uso da plataforma. O projeto inclui obras com licitação pública e com orçamento acima de R$ 7 milhões e os argumentos utilizados fazem parte das bases do BIM: eficiência, segurança, sustentabilidade e redução de custos. O setor tem percebido o crescimento da tendência, que tem chegado também às instituições públicas. Hoje, algumas construtoras já adotaram 100% a utilização do BIM e a tendência é que cada vez mais companhias sigam este caminho, incluindo empresas de pequeno e médio portes. É momento de economia desaquecida, mas que exige investimentos certeiros para a continuidade e competitividade dos negócios.
Tiago Ricotta é gerente de projetos da empresa Brasoftware.
Palavra do leitor
Vai tarde!
Em alguns meses os governantes de São Bernardo vão deixar o poder e desaparecer, e em silêncio. O prefeito Luiz Marinho vai sair tarde demais e não vai deixar nenhuma saudade. A gestão dele vai ser lembrada como a de de obras inacabadas, dívidas enormes, completa ausência de ouvidoria, criadora de filas etc. Ainda aumentou o tempo dos semáforos, não fez sinalização horizontal de lombadas, implantou a fábrica de multas, deixou os escolares magros com a diminuição da merenda – porque um inteligentíssimo do governo achava que as crianças eram gordas demais –, sem uniformes (eram do ano anterior, fabricados no Brasilmas com etiqueta made in china. E ainda fez estudo por oito anos e não conseguiu fazer mão única a Rua Terezina C. Fantinati mesmo com dois abaixo-assinados com o nome de todos os moradores.
Serge Rene Vandevelde
São Bernardo
Sugado
Do salário que você ganha, trabalhador, quanto de fato é seu? Até maio é tudo do Imposto de Renda. Os sete meses restantes são seus? Seu uma pinoia! É do governo também! Em tudo que usa e consome você paga imposto. Até para fazer caridade ou comprar remédio você paga imposto. Pode? Pagar imposto para ficar bom? Daquele ‘baita’ salário que você pensou ganhar, seu nesmo são menos de 25%. E se depois de tudo, às duras penas, você pôs alguns tostões no banco, quando tirar, além do ressuscitável CPMF, o governo vai querer saber também o que você vai fazer com o que tirou. Que benefício você tem de volta? Tem boas escolas ou ensino de qualidade? Lembre-se que nossa ‘Pátria educadora’ está avaliada entre as dez piores do mundo. Segurança tem? Hospitais? Transporte público? Estradas boas ou sem pedágios caros? Não! Você não tem absolutamente nada de volta. E nosso ‘governo democrático’, eleito com o voto obrigatório, que fala tão mal dos 21 anos de regime militar, ainda não está satisfeito. Quer mais, muito mais! Acorda, Brasil!
Nilson Martins Altran
São Caetano
Ineficiência...
No plano político há duas fases. Primeiro, o populismo desenfreado. Abre-se a fase expansiva na economia, com alta nos gastos estatais, e emissão de toneladas de papel-moeda. Protege-se a indústria nacional, por meio da concessão de subsídios e monopólios. Desse modo, criam-se empresas antieconômicas e empregos artificiais. Aumenta o emprego estatal, e se decretam ‘planos sociais’ para comprar votos. Além disso, relaxam-se as exigências para empréstimos, a fim de ‘estimular a demanda’, ou seja, o consumo. Porém, se não há economia ou capitalização, não há desenvolvimento nem crescimento. A economia fechada se torna ineficiente. E a bebedeira ‘social’ termina em grande ressaca: estagflação (inflação com estagnação), desinvestimentos, com quebra ou fechamento de empresas, e desemprego em massa. Então chegam os ‘neoliberais’, para a segunda fase, a ‘contenção’. Tomam medidas radicais, como deve ser feito, para acabar com o estatismo? Não! ‘Não temos respaldo político’, dizem. ‘Não é viável’. Portanto, se limitam a corrigir alguns dos excessos mais grosseiros e aberrantes do socialismo. Nada mais. ‘Estabilização’ é seu mantra favorito. Como os bombeiros, apagam o fogo, porém, sem reformas profundas.
Luizinho Fernandes
São Bernardo
Saúde pública
A Prefeitura de Santo André trata com descaso a Saúde pública, pois não faz a sua parte no combate à dengue, deixando montanhas de estulho, lixo, pneus e móveis jogados pela população. Entre as ruas Alagoas e Soldado Dorival de Brito, no bairro São Jorge, há acúmulo de detritos já há 20 dias. Antes vinha toda semana um caminhão para recolher. Agora, não mais. Já mandei comunicado ao Semasa e ainda nada! Por favor, prefeito, tome as providências. Desde já, agradeço.
Maurício Goduto
Santo André
Arte ensina
João Honesto, um semianalfabeto, vive de desonestidades para ganhar boa-vida. Do filme Pinóquio. A vida imitando a arte.
Nelson Mendes
São Bernardo
Zé Ninguém
Quando os gringos falam mal do Brasil alguns pseudointelectuais ou patriotas colonizados se tornam paladinos da justiça em defesa do nosso povo. Estou falando de gente que gosta de levar ‘vantagens em tudo’: exige direitos, nenhum dever e adora festejar o ano inteiro. Não sabe ler e escrever corretamente seu próprio idioma e vive tentando dominar outras línguas. Povo que não tem memória para cultuar e respeitar sua história e ídolos verdadeiros. Gostam do apelativo e duvidoso,num surto de incapacidade mental. Não valorizam o estudo e trabalho. Isso é apenas um detalhe da existência, humana. O importante é fazer sucesso, ostentando fantasias, nas famosas selfies (celebridades invisíveis). É povo viciado e escravizado pelo marketing tecnológico. O celular é o grande mestre supremo, levando-os ao mundo virtual, e banal. Zé Ninguém é o seu nome. Não tem emprego, Saúde, moradia, Educação, autoestima nem futuro. Não lembra em quem votou nas últimas eleições nem se interessa em saber dos problemas e escândalos do País. Isso é assunto de responsabilidade das otoridades. Infelizmente, o Brasil virou terra de ‘ninguéns’. É incrível a rapidez como essa espécie se reproduz. Acho que o nosso clima e solo são habitat perfeito. Quanto aos diferentes (minoria), aqueles que não possuem a mesma genética, são chamados de ‘estranhos’, talvez alienígenas perdidos, vivendo ocultos e solitários. Mas são eles que pagam as contas. Até quando?
Mário Mello
Santo André
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