Apesar de nao ser inédita - a última montagem em Sao Paulo foi em 1982 - a versao de Mente Capta de Louis é totalmente diferente das anteriores, já que trabalha essencialmente com a técnica da mímica, minimizando a importância de cenários e figurinos para que o ator seja o foco principal.
A peça explora as neuroses cotidianas da vida moderna, iniciando a trama na sala de espera de um consultório anti-psiquiátrico, no qual uma irreverente doutora, usando métodos nao convencionais da terapia coletiva, desnuda obsessoes, fetichismos e problemas de relacionamento de seus pacientes.
Seguindo as normas do teatro físico - que Louis estudou na Desmon Jones School of Mime and Physical Theatre, em Londres - o cenário é totalmente branco, em contraste com as cores vivas dos figurinos estilizados.
O diretor, que também dirige 2020, espetáculo sobre o poder da mídia em cartaz até este domingo no Teatro Cacilda Becker, em Sao Paulo (r. Tito, 295. Tel.: 864-4513), explica que o texto de Rasi se encaixou perfeitamente em sua maneira de trabalhar. "É uma supercomédia, que trabalha muito com o imaginário. As neuroses dos personagens vao surgindo por meio de flashbacks ou no campo dos sonhos, e o teatro físico é perfeito para atuar nestes terrenos. Foi um casamento perfeito", diz.
Outro item comemorado por Louis é o fato de Rasi autorizar a montagem pelo jovem grupo. "Nós sabemos que ele prefere dirigir seus textos ou entao acompanhar tudo de perto. Neste caso, foi diferente. Ele nos autorizou e confiou no trabalho. Esta atitude, para o grupo, é uma honra", completa.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.