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Brasileiras sao forçadas a se prostituírem no Suriname
Do Diário do Grande ABC
19/05/2000 | 15:26
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As irmas paraenses Isabel Ineth da Silva 21 anos, e Ivanete Ineth da Silva, 35, denunciaram em Belém que eram mantidas como escravas e obrigadas a trabalhar como prostitutas em uma boate de Paramaribo, capital do Suriname. Elas fugiram do local com a ajuda da embaixada brasileira.

As duas contaram ao delegado Rui Romao que foram levadas para Paramaribo, no início de maio, por uma prima, Raimunda Ineth Oliveira, com a promessa de trabalhar como cozinheiras, ganhando US$ 400 por mês. "Lá eu vi que nao era nada disso. O local era a boate Daymoon, onde mais de cem mulheres, a maioria brasileiras, trabalham como prostitutas, fazendo strip-tease e sofrendo as maiores humilhaçoes", contou Isabel.

Ivanete disse que ela e sua irma viram mulheres ser espancadas e obrigadas a fazer sexo até com cinco homens de uma vez. "Quisemos sair, mas o dono nao deixou, afirmando que se quisessemos trabalhar no local como cozinheiras teríamos que primeiro atuar como prostitutas, para pagar a hospedagem diária de US$ 100".

Para fugir da boate, Isabel e Ivanete pediram ajuda a um holandês. Ele colocou as duas em um táxi e mandou que o motorista seguisse para a embaixada do Brasil. Depois de contar aos funcionários da embaixada o que havia ocorrido, elas receberam passagens de aviao para voltar a Belém, onde residem.

O delegado informou que vai mandar ofício ao governo do Suriname pedindo esclarecimentos sobre o caso. "O crime é de cárcere privado e de induçao à prostituiçao", disse Rui Romao.




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