Setecidades Titulo Mobilidade
Corredor Leste-Oeste fica para o próximo ano

Principal obra de Mobilidade é mais uma que não será concluída até o fim da gestão Marinho

Daniel Macário
do Diário do Grande ABC
05/02/2016 | 07:07
Compartilhar notícia
André Henriques/DGABC



Via que fará a ligação entre os extremos de São Bernardo, o Corredor Leste-Oeste é mais um projeto do prefeito Luiz Marinho (PT) que não será concluído até o fim de seu mandato, em dezembro. Após sofrer atrasos no início das intervenções, o Executivo estima que as obras sejam finalizadas por completo somente em junho de 2017. A previsão inicial era para 2016.

Segundo o prefeito, o atraso aconteceu por conta de burocracia que interferiu na liberação de verba da União. “Para viabilizar um projeto desses, evidentemente demora para liberar, aprovar, ter recursos.”

Na manhã de ontem, Marinho vistoriou as obras do viaduto sobre a Praça dos Bombeiros, no Jardim Irajá. A intervenção, parte do traçado do corredor, conectará as avenidas Rotary e Luiz Pequini, aliviando o fluxo de veículos em até 70%. O prefeito afirmou que optou por priorizar a construção dos quatro viadutos do corredor. “Toda vez que um viaduto é entregue, ele reorganiza o trânsito, facilitando as demais intervenções. Vamos concluir os quatro até o fim do ano e esperamos avançar nas duplicações do viário.”

O cronograma estima que os elevados sejam entregues nas seguintes datas: Kennedy entre junho ou julho, Castelo Branco em setembro, Praça dos Bombeiros em outubro e Tereza Delta em dezembro.

O investimento no Corredor Leste-Oeste é de R$ 418 milhões, sendo R$ 247 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade e contrapartida municipal de R$ 172 milhões. Serão 13 quilômetros de extensão, o maior de todos os corredores programados pela Prefeitura. Passará pelas avenidas Samuel Aizemberg e José Odorizzi, Viaduto Tereza Delta e avenidas Prestes Maia e Tiradentes.

Anunciado em abril de 2012 como um dos maiores investimentos na área, a segunda etapa do Programa de Transportes Urbanos também caminha a passos lentos. Ao todo, tem aporte de US$ 250 milhões (R$ 970 milhões) para construir 11 corredores e quatro terminais. Depois de não cumprir a promessa inicial de entregar ao menos 12 quilômetros de corredores até 2014, o Executivo projeta que apenas o Alvarenga seja entregue até o fim da gestão.

Com financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), a segunda etapa do programa conta com as construções dos corredores Faria Lima, Jurubatuba, Montanhão, Ferrazópolis, Rotary, Capitão Casa, Castelo Branco, Galvão Bueno, João Firmino e Senador Vergueiro. Além dessas vias, estão inclusos quatro terminais nos bairros Alves Dias, Batistini, Vila São Pedro e Rudge Ramos.

Segundo o Ministério das Cidades, os repasses do governo federal estão ocorrendo em espaço maior de tempo devido à queda de arrecadação e contingenciamento no orçamento. A nota destacou ainda que a última liberação de recursos ocorreu em 4 de janeiro, no valor de R$ 2,9 milhões.

SAÚDE - Marinho também participou ontem da inauguração da Policlínica Alvarenga, primeira da cidade e que atenderá 11 especialidades médicas. Foi entregue no mesmo bairro a reforma e ampliação da UBS (Unidade Básica de Saúde) Alvarenga. Segundo o prefeito, o município ainda necessita avançar no setor. “Precisamos construir outro hospital de urgência e emergência para substituir o atual Pronto-Socorro Central, pois fisicamente ele não é mais adequado.” 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;