Ensino diferenciado com pecinhas montáveis. Esta é a proposta da Lego Education no Brasil, que é sediada em São Caetano e pretende crescer 35% em 2010. De acordo com o presidente da empresa, Marcos Wesley, 140 escolas no Grande ABC utilizam o método pedagógico Lego Zoom, sendo toda a rede pública de Ensino Fundamental de São Caetano e São Bernardo e 38 colégios particulares em toda a região.

"O ciclo de novos contratos com as escolas começa apenas no início de 2011, mas pretendemos crescer 35%", disse Wesley, que por motivos estratégicos não apresentou os resultados financeiros da companhia.

Ao todo, a região representa 3,5% na carteira de clientes da Lego Education nacional. No País, são 4.000 escolas utilizando o método e os materiais, afirmou o executivo.
Wesley contou sobre as expectativas, ontem, após visitar, junto com o presidente da Lego Group, o dinamarquês Jorgen Vig Knudstorp, dois colégios particulares em Santo André que utilizam os produtos e processo pedagógicos da empresa.

O método Lego Zoom trabalha com peças, engrenagens e motores encaixáveis como os conhecidos montáveis Lego. De acordo com Wesley, a metodologia pede a apresentação de situação problema para os estudantes que, em conjunto, devem estudar o caso e apresentar soluções com estruturas feitas com as peças. "É diferente de utilizar o computador, que já está tudo pronto. O aluno deve criar algo que solucione o problema", destacou o executivo da companhia.

Expansão - Além de expandir no País, a companhia vai exportar, neste ano, a metodologia, que é 100% brasileira, para Portugal, Espanha e China. "Vamos traduzir tudo em mandarim para ingressar no Oriente", pontuou Wesley. Hoje, a empresa atua na Argentina e no México.

O novo caminho foi garantido pelos resultados de 2009. Tanto na Lego mundial, com engorda de 23%, quanto na unidade educacional no Brasil. "Enquanto várias empresas sofreram com a crise, nós crescemos expressivamente", avaliou Wesley, destacando que a unidade nacional cresceu 37% no ano passado.

Ele completou que cerca de 1,3 milhão de estudantes brasileiros já utilizam os métodos e produtos.