Em paralelo à luta das 12 capitais brasileiras escolhidas para receber a Copa do Mundo de 2014 em cumprir os prazos estabelecidos pela Fifa, outras dezenas de municípios vivem expectativa se serem incluídos na lista final de subsedes para o Mundial, que deve ser divulgada nas próximas semanas. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, anunciou ontem, no Rio de Janeiro, que o governo federal irá indicar 100 cidades, entre elas Santo André, São Bernardo e São Caetano, já selecionados por São Paulo.

"Foram vários os pretendentes em receber seleções para aclimatação na véspera da Copa do Mundo. Pelos critérios da Fifa chegou-se ao número de 150 cidades, mas em pouco tempo nos vamos anunciar 100 que poderão ser ofertadas às seleções", explicou.

O processo de seleção começou há cerca de um ano. Cada uma das 12 sedes teve autonomia para avaliar os municípios de seu Estado e selecionar os melhores por meio de critérios técnicos. Agora, esse material será reunido para confecção de guia que será entregue às seleções que disputam a Copa.

Os três municípios do Grande ABC seguem firme na disputa, apesar de seus próprios comandantes não mostrarem confiança, faltando a todos os compromissos oficiais relacionados ao assunto. Mesmo assim, Santo André, São Bernardo e São Caetano foram incluídos na lista final emitida em fevereiro pelo Comitê Local de São Paulo, ao lado de mais 34 cidades/CW.

"Temos várias opções e climas diferentes. Isso nos dá leque de estilos para que as seleções escolham. Cada município teve a oportunidade de mostrar as vantagens que pode oferecer às seleções. Agora a escolha não depende do Ministério dos Esportes ou do governo federal. Cada seleção terá autonomia para escolher onde deseja se hospedar antes e durante a Copa do Mundo", comentou Orlando Silva.

A principal vantagem dos municípios do Grande ABC na disputa é a proximidade com os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Cumbica, em Guarulhos. No lado negativo pesam principalmente a falta de rede hoteleira em condições de receber turistas e imprensa que acompanham as seleções, além da má condição de conservação dos campos de futebol das cidades que teriam de passar por grandes reformas para atender as exigências da Fifa.

Petrobras anuncia investimento de R$ 30 milhões no esporte

Nos próximos dois anos a Petrobras vai investir R$ 30 milhões em projetos voltados ao esporte educacional - que tem como foco crianças e adolescentes alinhados aos princípios de inclusão social. O anúncio foi feito ontem, na sede da empresa, no Rio de Janeiro. Podem participar entidades sem fins lucrativos, incluindo prefeituras, que devem inscrever projetos no site da empresa www.petrobras.com.br/ppec até março de 2012.

O valor será retirado do capital privado da Petrobras e tem como objetivo contemplar as mais diferentes instituições. "Durante o processo de inscrições vamos promover a Caravana do Esporte, que passará por todas as capitais do País com o intuito de esclarecer possíveis dúvidas e orientar na elaboração do projeto. Nossa intenção é atingir instituições de todos os tamanhos", comentou a gerente de programas sociais da Petrobras, Janice Dias.

Cada projeto poderá captar até R$ 1,2 milhão. Entre as autoridades presentes estava a ex-jogadora de vôlei, Ana Moser, atualmente diretora do Instituto Esporte e Cidadania. "É importante que as instituições busquem qualificação e orientação para melhorar o projeto. Os clubes geralmente contratam assessorias e fazem os melhores trabalhos. O ideal é que as organizações procurem a Petrobras que prestará assessoria gratuita", lembrou.

Entre as exigências feitas pela empresa estão a inclusão das partes pedagógica e psicológica no projeto. "Outra coisa importante que todos precisam se atentar é quanto a finalidade. Não entra nessa ação o esporte de alto rendimento e sim projetos que visam desenvolvimento social de crianças e adolescente por meio do esporte", lembra Ana Moser.

O Ministro dos Esportes, Orlando Silva, também enalteceu a iniciativa. "É importante ressaltar que esses R$ 30 milhões serão investidos de forma direta pela Petrobras e não por benefícios fiscais. É uma forma de colaborar significativamente com o esporte brasileiro pensando em bons resultados na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro", comentou.