Policiais do DAS (Delegacia Anti-Seqüestro) de São Paulo iniciaram a operação depois de rastrear ligações da quadrilha e identificar a estudante Flávia Oliveira Medina, 24 anos, aluna de Direito da Universidade Ibirapuera, e prendê-la assim que saía da aula. Nas gravações telefônicas, Flávia usava o codinome de Cláudia.
Inicialmente, Flávia negou participação no crime e se recusava a revelar o local do cativeiro. Ainda na frente da universidade, os investigadores revistaram sua bolsa e encontraram uma conta de luz. Com o endereço em mãos, outra equipe de policiais foi até a casa e libertou as vítimas.
A porta da sala foi arrombada depois de os investigadores terem dominado o Rottweiller que vigiava o cativeiro. O filho do industrial de São Bernardo, P.R.B., 21 anos, estava fortemente amarrado. Ele mereceu mais atenção da quadrilha pelo fato de praticar boxe e ter compleição física forte. No mesmo cômodo, o estudante M.K., 25 anos, também estava amarrado. Os dois permaneciam amordaçados.
Os seqüestros – M.K. chegava à loja do pai, na rua Afonso Brás, na Vila Nova Conceição, em São Paulo, quando um Santana o cercou e os ocupantes o seqüestraram, na manhã do dia 8. A quadrilha pediu US$ 1 milhão.
P.R.B. foi abordado no dia seguinte, quando saía da casa da namorada, no bairro de Riacho Grande. Três carros – um Escort vermelho, um Fusca cinza e um terceiro ainda não identificado –, pararam na frente do imóvel e o renderam. No dia 10, pediram resgate de R$ 200 mil.
Flávia disse ao delegado titular Wagner Giúdice que participou da ação por causa do namorado, identificado apenas como Hélio. Há três meses, ela estava em atraso com o aluguel do imóvel que serviu de cativeiro e Hélio teria proposto o seqüestro.
Enquanto a polícia fazia a perícia no cativeiro, o namorado chegou perto da casa no Corsa Sedan verde e trocou tiros com os investigadores. Ele saiu do carro e fugiu pelas vielas da favela de Americanópolis.
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