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Polícia estoura cativeiro e liberta estudante de S.Bernardo
Glauco Araújo
Do Diário do Grande ABC
01/10/2003 | 21:49
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Duas vítimas de seqüestro foram libertadas no cativeiro localizado em uma casa simples na rua Carlos Facchina, no bairro de Americanópolis, zona Sul de São Paulo, perto da divisa com Diadema, no começo da madrugada desta quarta-feira. No local, dois rapazes estavam amarrados. O primeiro, sobrinho de um empresário que atuou em Mauá. O segundo, filho de um industriário de São Bernardo. Eles foram seqüestrados nos dias 8 e 9 de setembro, respectivamente.

Policiais do DAS (Delegacia Anti-Seqüestro) de São Paulo iniciaram a operação depois de rastrear ligações da quadrilha e identificar a estudante Flávia Oliveira Medina, 24 anos, aluna de Direito da Universidade Ibirapuera, e prendê-la assim que saía da aula. Nas gravações telefônicas, Flávia usava o codinome de Cláudia.

Inicialmente, Flávia negou participação no crime e se recusava a revelar o local do cativeiro. Ainda na frente da universidade, os investigadores revistaram sua bolsa e encontraram uma conta de luz. Com o endereço em mãos, outra equipe de policiais foi até a casa e libertou as vítimas.

A porta da sala foi arrombada depois de os investigadores terem dominado o Rottweiller que vigiava o cativeiro. O filho do industrial de São Bernardo, P.R.B., 21 anos, estava fortemente amarrado. Ele mereceu mais atenção da quadrilha pelo fato de praticar boxe e ter compleição física forte. No mesmo cômodo, o estudante M.K., 25 anos, também estava amarrado. Os dois permaneciam amordaçados.

Os seqüestros – M.K. chegava à loja do pai, na rua Afonso Brás, na Vila Nova Conceição, em São Paulo, quando um Santana o cercou e os ocupantes o seqüestraram, na manhã do dia 8. A quadrilha pediu US$ 1 milhão.

P.R.B. foi abordado no dia seguinte, quando saía da casa da namorada, no bairro de Riacho Grande. Três carros – um Escort vermelho, um Fusca cinza e um terceiro ainda não identificado –, pararam na frente do imóvel e o renderam. No dia 10, pediram resgate de R$ 200 mil.

Flávia disse ao delegado titular Wagner Giúdice que participou da ação por causa do namorado, identificado apenas como Hélio. Há três meses, ela estava em atraso com o aluguel do imóvel que serviu de cativeiro e Hélio teria proposto o seqüestro.

Enquanto a polícia fazia a perícia no cativeiro, o namorado chegou perto da casa no Corsa Sedan verde e trocou tiros com os investigadores. Ele saiu do carro e fugiu pelas vielas da favela de Americanópolis.




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