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São Caetano bate Lusa e acaba com tabu
Marco Borba
do Diário do Grande ABC
20/02/2011 | 07:30
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Ari Paleta/DGABC


Enfim acabou o martírio do São Caetano. O Azulão quebrou jejum de seis anos sem vitórias sobre a Portuguesa ao bater o adversário por 1 a 0 ontem à noite no Anacleto Campanella, pela nona rodada do Paulistão. Com o placar, o Azulão subiu da 14ª para a 11ª posição.

Os dois times precisavam se recuperar na competição, pois vinham de resultados negativos. O São Caetano tinha perdido para o Mirassol e a Lusa sucumbiu diante de São Paulo e Bangu (Copa do Brasil).

Há tempos certamente os torcedores dos dois clubes não assistiam a um confronto tão insosso, sobretudo na primeira etapa. A baixa qualidade técnica espelhou o momento de ambos no cenário nacional e no estadual.

A falta de criatividade e as sucessivas faltas tornaram o jogo truncado e pouco atraente. Assim, o que chamou a atenção nos 20 primeiros minutos foi a música com ritmo estilo rumba que vazou da cabine de som e que irritou alguns torcedores das cadeiras cobertas. Após alguns gritos para que desligassem e algumas vaias, eles foram atendidos.

A partida mais parecia um recreativo. O primeiro lance de perigo só saiu aos 30, em chute de Ademir Sopa que passou perto da trave esquerda. O Azulão só respondeu aos 42. Após falta cobrada por Aílton, Kleber pegou livre dentro da área mas chutou fraco nas mãos do goleiro Juninho.

A aposta do técnico Ademir Fonseca em Berg na lateral esquerda no lugar de Bruno Recife não teve efeito prático. Como em outros jogos, ficou perdido na marcação e nas vezes em que arriscou a subida ao ataque nada fez. Como avançou o meia Aílton para que atuasse mais perto de Vandinho, o time ficou sem criatividade na armação e com dificuldades para armar as jogadas.

Na segunda etapa, após a entrada de Luciano Mandi o time melhorou o passe e começou a criar as chances de gol. Aos 29, Souza lançou Vandinho que se livrou de um zagueiro e bateu pelo alto.

Mas na segunda chance que teve, um minuto depois, o atacante não desperdiçou. Em dividida no meio, Souza estourou para a frente, Vandinho chegou antes que o goleiro Juninho, desviou para as redes e marcou o único gol do jogo e o quinto dele no torneio. Aos 40, Ailton driblou Preto Costa na área, levou um tranco pelas costas e caiu, mas o juiz Milton Etsuo Ballerini mandou seguir a jogada. O próximo compromisso do Azulão é diante do Noroeste, em Bauru, dia 27.

Fonseca aponta falhas, mas aprova formação

 

Apesar das dificuldades encontradas pelo São Caetano na vitória sobre a Portugesa por 1 a 0, no Anacleto Campanella, o técnico Ademir Fonseca aprovou a nova formação da equipe, com três volantes e Ailton atuando mais à frente com Vandinho e Berg na lateral-esquerda, no lugar de Bruno Recife.

Mesmo com três volantes a equipe ainda mostrou buracos na marcação, Berg pouco criou, embora atue mais avançado, e o meio perdeu em criatividade já que Aílton jogou próximo dos atacantes.

"Em outros jogos em casa vencemos mas não convencemos, tomamos sufoco porque tínhamos buracos no meio. Perdemos em qualidade no passe com o Ailton avançado, mas marcamos merlhor. Optei pelo Berg porque chega com mais velocidade na frente", justificou.

O treinador admite, porém, que ainda precisa aprimorar a nova formação. "O São Caetano joga de uma determinada maneira há três anos. Aos poucos estou tentando implantar o meu sistema e isso não se faz de um dia para o outro", analisou.




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