A manifestação dos bancários, ontem, nas duas agências do BB (Banco do Brasil), na Senador Flaquer, Centro de Santo André, foi pacífica. Os colaboradores da instituição atrasaram os atendimentos em uma hora - ao invés das 10h, o banco abriu às 11h. Nesses 60 minutos, os clientes puderam utilizar, apenas, o autoatendimento, nos caixas eletrônicos.

O ato, que aconteceu por todo o País, tem como objetivo criticar a falta de diálogo do banco com os sindicatos de base e reivindicar os direitos dos trabalhadores, que estão sendo anulados. "Além das metas abusivas, falta de funcionários e assédio moral, a instituição modificou o plano de carreira vigente, sem discutir as novas regras com ninguém. As alterações trazem perdas à classe trabalhadora e isso precisa ser revisto", assinala a diretora do Sindicato dos Bancários do ABC e funcionária do BB, Marilda Marin.

Ainda segundo a entidade sindical, o banco teria transformado o piso salarial em teto, o que impediria os trabalhadores de ter remuneração maior que o VR (Valor de Referência), prejudicando o PCR (Plano de Carreira e Remuneração).

"Tínhamos marcado reunião com o BB no dia 9, em Brasília. Representantes de todo o País foram lá na data combinada, no entanto, não fomos recebidos. Isso é sinal de desrespeito", diz Marilda.

Para os próximos dias não há ações programadas, mas o sindicato da região já deixou clara a abertura para conversar com a estatal e garante que vai continuar lutando pelos direitos da base. "Queremos que os trabalhadores se envolvam mais com a causa, para, assim, reivindicarmos", aponta a diretora.