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São Caetano instala 60 câmeras de segurança
Renan Fonseca
Do Diário do Grande ABC
10/11/2010 | 07:28
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São Caetano é o único município com câmeras de videomonitoramento acompanhadas por um policial militar. Recentemente, a Prefeitura iniciou a instalação de 60 novos equipamentos que entram em teste em dezembro. A central de monitoramento (na base da 4ª Companhia do 6º Batalhão da Polícia Militar, Avenida Goiás, 2.000) passa a registrar imagens de 74 equipamentos no início de 2011.

O secretário de Segurança, Moacyr Rodrigues, explicou que o monitoramento será acompanhado também por representantes da Secretaria de Saúde, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, além de agentes da GCM (Guarda Civil Municipal).

"Estamos conversando com todos setores. Queremos garantir a segurança da população em qualquer tipo de ocorrência", falou Rodrigues.

Mais de R$ 1,2 milhão, recurso municipal, foi investido na compra de equipamentos. A partir de agora, a Secretaria de Segurança vai capacitar os funcionários integrados no monitoramento. "A presença das câmeras já inibe a ação de criminosos", pontuou o secretário.

 

TRABALHO INTEGRADO

O comandante do Policiamento da Área Metropolitana 6, coronel José Martins Navarro, explicou que nos próximos meses vai propor a todos os municípios que ao menos um policial participe das centrais de monitoramento.

Navarro explica que a medida não é obrigatória, mas melhora a qualificação do equipamento. "Atualmente, a PM trabalha com as centrais através de radioescuta, o que facilita o trabalho dos dois lados", salientou o coronel.

 

GRANDE ABC

Diadema opera desde 2006 com 64 câmeras. A Prefeitura enviou projeto ao Ministério da Justiça para conseguir, a partir do próximo ano, mais 20 filmadoras. De acordo com a administração, o Centro Integrado de Videomonitoramento grava e arquiva as imagens.

Em São Bernardo, neste ano foram instaladas oito câmeras e a Central de Videomonitoramento. Sete estão em escolas municipais na região do Alvarenga. A central também grava e arquiva as filmagens e o investimento é de R$ 1 milhão em recurso federal.

Em Santo André, 19 câmeras são utilizadas pela Secretaria de Segurança Pública Urbana e Trânsito (SSPUT). Outras 21 são pleiteadas junto ao Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), do Ministério da Justiça para o próximo ano. Para conseguir as imagens gravadas, de acordo com a Prefeitura, é necessário requerimento por escrito.

Em Ribeirão Pires a instalação de câmeras está em fase de estudo. A mesma situação se encontra em Mauá.

 

Especialistas apontam pontos positivos e negativos do sistema

 

Para o especialista em Segurança Pública, Bene Barbosa, instalação de câmeras de segurança é tendência na Região Metropolitana. Contudo, ele defende que os equipamentos podem influenciar o “efeito espantalho”. “Se as câmeras ficarem centralizadas em apenas uma região da cidade, criminosos acabam migrando para a parte desprotegida”, falou.

Por outro lado, a privacidade pode ser um fator negativo da tecnologia. A coordenadora do curso de Sociologia da Universidade Metodista, Luci Praun, alega que a medida não resolve o problema da segurança. “Para isso é necessário que políticas públicas sejam aplicadas na base da sociedade”, falou.

A socióloga afirma que, por conta do medo da criminalidade, a população aceita a ideia das câmeras. “A sociedade aceita de maneira calada perder a privacidade pois teme o terror, a violência”, disse. - RF

 




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