A gigante da distribuição Wal-Mart é a maior empresa do mundo por seu volume de negócios, segundo a classificação anual da revista Fortune, na qual somente três empresas européias e uma japonesa conseguiram ficar entre as dez primeiras. A Wal-Mart, que nasceu e tem sua sede em um dos estados mais pobres dos Estados Unidos, Arkansas, destronou o grupo petroleiro Exxon Mobil, ao registrar um volume de negócios de US$ 219,8 bilhões em 2001.

A Exxon Mobil registrou US$ 191,6 bilhões de volume de negócios, seguida de perto pela General Motors, fabricante de automóveis (US$ 177,3 bilhões). As empresas norte-americanas são cada vez mais numerosas na classificação (197 este ano, contra 151 em 1995, ano em que a lista foi elaborada pela primeira vez).

O grupo petroleiro britânico BP, em quarto lugar, obteve a melhor classificação das empresas européias (US$ 174,2 bilhões de volume de negócios), seguido pela fabricante de automóveis Ford (US$ 162,4 bilhões). Entre as 500 empresas mencionadas pela Fortune, só aparecem 143 da União Européia. Em 1995 esse número era 155.

Enron – Ironicamente, a falida corretora de energia Enron está na sexta posição. A revista admite que seus US$ 138,7 bilhões de volume de negócios podem ter sido obtidos por meios duvidosos. “A (classificação) Global 500 mede os valores, não a virtude”, disse Paola Hjelt, encarregada pela Fortune de comentar a classificação.

A DaimlerChrysler, fabricante de automóveis alemã, e a empresa petroleira anglo-holandesa Royal Dutch Shell seguem a Enron, com volumes de negócios respectivos de US$ 136,9 bilhões e de US$ 135,2 bilhões. A General Electric, conglomerado industrial norte-americano, está em nono lugar (US$ 125,9 bilhões), à frente da única empresa japonesa que aparece entre os dez primeiros: a Toyota (US$ 120,8 bilhões). As empresas japonesas perderam espaço desde 1995, quando quatro companhias do país estavam entre as primeiras empresas do mundo, destaca a Fortune.

O ano de 2001 foi ruim para os lucros, por causa da breve recessão nos Estados Unidos e da desaceleração generalizada nas grandes áreas econômicas do mundo. O total de lucros registrados pelas 500 maiores empresas do mundo equivale a menos da metade de seu nível no ano 2000, o que representa o maior retrocesso desde que a Fortune começou a publicar sua lista. Das 500 eleitas, os lucros de 297 foram menores.