A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) vai iniciar as obras do coletor-tronco que ligará a fábrica da Solvay, na Vila Elclor, em Santo André, até a divisa com Mauá. O custo estimado pela estatal é de R$ 28 milhões e a obra, com 17 quilômetros, vai ligar as redes de esgoto da Solvay e de parte de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra até a ETE-ABC (Estação de Tratamento de Esgoto do ABC), que fica na divisa de São Caetano com a capital. É o primeiro passo para afastar do trecho da Billings o esgoto doméstico e industrial que atualmente é jogado na represa.

A obra do coletor-tronco é a última etapa para concluir o projeto de tratamento do esgoto da região, que engloba os dois interceptores e as redes complementares que vão ligar as redes domiciliares de esgoto das sete cidades até a ETE-ABC. O dinheiro sairá do governo federal.

Para concluir a retirada de todo o esgoto doméstico dos municípios será necessária a construção de redes coletoras complementares e também da universalização da coleta de esgoto doméstico nas duas cidades.

O edital de homologação da licitação para realização das obras foi publicado no Diário Oficial do Estado no último dia 23. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, desde então só falta a autorização de serviço para que a verba seja liberada e que as empreiteiras comecem o trabalho. A previsão da Sabesp é concluir as duas obras do coletor-tronco em 36 meses, após o início dos trabalhos.

Com a conclusão, todo o esgoto produzido pela Solvay (60 litros por segundo) e a quantidade de resíduos domésticos que já é encaminhada para tratamento em estações elevatórias em Ribeirão Pires (55 litros por segundo) e em Rio Grande da Serra (16 litros por segundo) poderão ser encaminhados para tratamento da ETE-ABC.