As declarações são dadas no momento em que os preços da commodity passam por novas fortes quedas, recuando abaixo de US$ 31 o barril em Nova York e Londres, em meio a sinais de fraqueza na economia da China e à perspectiva de retorno do petróleo do Irã ao mercado.
A Opep "pode realizar uma reunião de emergência no primeiro trimestre, se os preços continuarem nos níveis atuais", afirmou o ministro nigeriano nesta terça-feira em conferência sobre energia em Abu Dabi, de acordo com o registro de suas declarações. Segundo ele, há vários blocos dentro da Opep e vários membros desejam essa reunião. Kachikwu disse que dois integrantes fizeram pedidos formais para essa reunião.
A próxima reunião ordinária da Opep está marcada para junho.
O ministro nigeriano não nomeou os países que desejam outro encontro. No mês passado, o diretor da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), Eulogio del Pino, pediu uma reunião emergencial entre os integrantes da Opep e outros produtores que não fazem parte do grupo.
Mas, na mesma conferência em Abu Dabi, o ministro do Petróleo dos Emirados Árabes, Suhail bin Mohammed al-Mazroui, afirmou que não há necessidade de haver uma "ação artificial" da Opep. Em vez disso, segundo ele, a estratégia do cartel deve ser deixar o mercado de equilibrar - essa posição é defendida pelo membro mais forte da Opep, a Arábia Saudita.
Mesmo se houver um consenso para uma reunião emergencial, os delegados da Opep já disseram que não podem esperar que isso aconteça antes de o Irã aumentar sua produção. Isso pode acontecer logo que as sanções internacionais contra Teerã sejam retiradas, nas próximas semanas.
Kachikwu, o ministro nigeriano, também disse que o Irã pode se coordenar com o rival Iraque no futuro, mas não vê esse tipo de cooperação com nações de fora da Opep. Fonte: Dow Jones Newswires.
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