O mundo conheceu Wendell Lira. O humilde jogador do Vila Nova-GO, 27 anos, roubou a cena na festa da Fifa ontem, na Suíça, desbancou Messi e levou o prêmio Puskás por ter feito o gol mais bonito de 2015, quando atuava pelo Goianésia-GO. Foi um revide, já que o argentino bateu Neymar e faturou pela quinta vez o prêmio de melhor jogador do planeta.
Wendell parecia não saber o que fazer quando seu nome foi anunciado como vencedor do prêmio que Neymar levou em 2011. A confiança no engajamento dos brasileiros, afinal, a votação foi pela internet, fez com que aparecesse no palco com discurso ensaiado. Realizou analogia à passagem bíblica em que Davi derruba Golias, deixando transparecer como se imaginava ao dividir o palco com Messi. “É uma honra e um momento único na minha vida estar aqui e conhecer tantos jogadores famosos”, disse ele.
O gol de voleio de Wendell teve 46,7% dos votos, contra 33,3% de Messi e 7,1% do italiano Alessandro Florenzi. Pena que foi testemunhado por apenas 389 pessoas no jogo diante do Atlético-GO pelo Estadual.
Sobrou para Messi o prêmio de melhor do mundo. O argentino recebeu 41,33% dos votos do colégio composto por capitães e técnicos de cada uma das seleções da Fifa e por um jornalista de cada país federado à entidade. Cristiano Ronaldo ficou com 27,76% e Neymar 7,86%.

HOMENAGEM
Ferenc Puskás, que dá nome ao prêmio vencido pelo brasileiro, é considerado o maior jogador húngaro e fez história a partir da década de 1950, com 512 gols em 528 jogos.

Com quatro nomes, Brasil domina time ideal escolhido pela Fifa

Wendell Lira não foi o único brasileiro com motivos para celebrar na Suíça. O zagueiro Thiago Silva, os laterais Daniel Alves e Marcelo e o atacante Neymar foram eleitos para a seleção ideal da Fifa.
Além de Messi e Cristiano Ronaldo, o time perfeito contou com o goleiro Neuer, o zagueiro Sergio Ramos e os meio-campistas Modric, Iniesta e Pogba.
Já entre os técnicos, foram escolhidos Luís Enrique, do Barcelona, e Jill Ellis, campeã mundial pelos Estados Unidos.
Fora da disputa neste ano, a brasileira Marta apenas assistiu à norte-americana Carli Lloyd, do Sky Blue, receber o prêmio de melhor do mundo.
A Fifa deu o prêmio Fair Play a “todas organizações que apoiaram os refugiados”.