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Trecho Sul do Rodoanel terá praças de pedágio
Isis Mastromano Correia
Do Diário do Grande ABC
26/06/2009 | 07:39
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O Trecho Sul do Rodoanel terá seis praças de pedágio, sendo a maioria no Grande ABC. Somente um dos pontos de cobrança ficará fora da região, na divisa da Capital com Embu (veja mapa ao lado). Três praças ficarão junto a Via Imigrantes, mas, a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário), estatal à frente das obras, não informou se os pontos de pedágio são distribuídos ao longo da pista ou se estão no mesmo local.

O Rodoanel Sul, de 61,4 quilômetros, cortará Santo André, São Bernardo, Mauá, Embu, Itapecerica da Serra e extremo Sul da cidade de São Paulo. A região ficará com 25,2 quilômetros da pista.

A concentração dos pedágios, no entanto, não significará que o motorista que passar pelo Grande ABC gastará mais vezes para ter o direito de usar a futura rodovia. A tarifa será paga apenas uma vez, em uma das saídas do anel viário.

O valor ainda não foi definido e, segundo a Dersa, o preço dependerá da oferta das empresas que disputarão o leilão de concessão do Trecho Sul cuja inauguração é prevista para fevereiro de 2010. Segundo a empresa, a abertura dos envelopes para a construção das praças de pedágio está prevista para 17 de julho. A Secretaria Estadual de Transportes não quis comentar a cobrança.

O governo do Estado estuda reverter a arrecadação para financiar pelo menos parte da asa Leste do Rodoanel, que passará por Ribeirão Pires e é orçada em R$ 2,8 bilhões, e eventualmente a Norte, que não terá ligação com a região.

As obras do tramo Sul receberão R$ 2 bilhões da concessão do Oeste, aberto ao tráfego desde 2002 e que possui 13 praças de pedágio. A tarifa é de R$ 1,20 para carros de passeio e o mesmo valor para cada eixo de veículos de carga.

O doutor em engenharia de transportes da UFABC (Universidade Federal do ABC) José Alex Sant'Anna defende que, com a adoção do pedágio, impostos pagos para melhoria das vias deveriam ser revertidos para outros setores. "Não sou a favor nem contra pedágio, sou contra pagar uma taxa duas vezes. No sentido de conservação, as estradas sem pedágio estão sem condição de uso", alerta.

O professor de transportes da Universidade Mackenzie, João Merighi, não acredita que as pessoas fugirão da cobrança. "Entrar nas ruas da cidade poderá fazer com que o motorista consuma mais combustível devido ao elevado trânsito. Bastará um cálculo rápido para ver que o custo benefício do pedágio será maior."




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