Pela segunda vez em 13 anos, dono de escola de Sto.André é vítima de assalto seguido de intimidação
Pela segunda vez no período de 13 anos, o proprietário do Recanto Infantil Cavalinho Branco, em Santo André, José Luiz de Faria Neto, 58 anos, viveu momentos de terror ao ser vítima de assalto seguido por ameaça de suposta bomba presa ao corpo.
O também diretor da unidade de ensino teria sido abordado por criminosos na Rua Javaés, na Vila Eldízia, pela manhã. Após ter R$ 1.000 roubados, disse ter sido torturado nas proximidades do bairro Clube de Campo. Em seguida, os sequestradores o mandaram entrar no próprio carro e o ameaçaram ao simular a colocação de artefato no banco traseiro. Um fio foi passado pelo pescoço da vítima e amarrado à suposta bomba.
O Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) foi acionado e libertou Neto, que estava no interior do seu veículo, estacionado na porta do Cemitério da Saudade, na Vila Assunção, na mesma cidade, por volta das 15h20.
Os assaltantes entregaram uma folha de papel sulfite à vítima com instruções que deveriam ser seguidas, entre elas não desligar o veículo, não usar o telefone, não se mexer e se dirigir até a Rua Coronel Oliveira Lima, no Centro de Santo André, onde deveria estacionar o carro. O documento também ironiza o trabalho do Gate, ao destacar que os policiais fariam jus aos salários recebidos.
Por conta própria, Neto decidiu desobedecer uma das instruções e preferiu procurar ajuda no Cemitério da Saudade, área de menor movimentação. Ao chegar ao local, que estava vazio, por volta das 12h20, ele pediu para que os funcionários acionassem a polícia.
Demorou em torno de uma hora para que o Gate conseguisse liberar a vítima, que estava com escoriações leves na região do pescoço, rosto e braços. Todo o momento de tensão foi acompanhado pela família de Neto e amigos próximos, que estavam abalados e preferiram não dar nenhum depoimento. Conforme a polícia, esta seria a sétima ocorrência de roubo sofrida pela vítima, que foi encaminhada para o Hospital Brasil e não corre risco de morrer.
Após varredura no veículo, o Gate concluiu, por volta das 17h, que não havia nenhum artefato, apenas o fio utilizado para amarrar Neto ao banco do carro. Ninguém foi preso e o caso será investigado pelo 3º DP (Vila Pires).
TRAUMA
Na ocasião anterior, em 2002, Neto passou por situação semelhante durante duas horas de terror. Na época, ele foi abordado por criminosos no Centro da Cidade, obrigado a entregar quantia em dinheiro e a caminhar até a Praça do Carmo com uma falsa bomba amarrada junto ao corpo. Ao avaliar o artefato, o Gate constatou que tratava-se de toca-fitas de carro.
FÓRUM
Esta foi a segunda ocorrência com suspeita de bomba nesta semana. Na terça-feira, o Fórum de Santo André e áreas da Prefeitura e da Câmara precisaram ser evacuadas devido a uma mala deixada na entrada do fórum. Após análise, o Gate fez ação preventiva de detonação do objeto.
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