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A trágica linha sucessória brasileira

Há insegurança política. Há também insegurança jurídica. Há desconfiança dos investidores

Beto Silva
16/12/2015 | 07:50
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Há insegurança política. Há também insegurança jurídica. Há desconfiança dos investidores. Economia em retração. E o Brasil caminha para um buraco no qual ainda não vemos o fundo. A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), está diante de delicado processo de impeachment. Tudo pode acontecer. Muitas são as justificativas técnicas para evitar a queda, mas a análise do Congresso Nacional, sabemos, será política. Se for impedida de continuar no cargo, quem assume é o vice, Michel Temer (PMDB). Tramita na Justiça Eleitoral pedido de impugnação da chapa Dilma/Temer, por irregularidades na campanha de reeleição do ano passado. O peemedebista, se assumir o Palácio do Planalto, pode também ser retirado do cargo. Assumiria, portanto, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Ele também tem complicações. Passa por processo no Conselho de Ética e pode ser cassado. O próximo na linha sucessória é o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Ele, por sua vez, está sendo investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, sobre supostos desvios na Petrobras. Depois do congressista alagoano, assumiria o presidente do STF (Supremo Tribunal de Justiça), Ricardo Lewandowski. O magistrado carioca tem passagem por São Bernardo, onde estudou, foi professor e secretário de Governo e de Assuntos Jurídicos da Prefeitura na década de 1980. Fora ele, todos tem problemas a serem resolvidos. Mas é o último na linha sucessória. E o Brasil fica à mercê da insegurança política, insegurança jurídica, desconfiança dos investidores e com economia em retração. Seja quem for o presidente, assim será por um bom tempo.

Os Tortorello
A tradicional família Tortorello, de São Caetano, está dividida. Amanhã completam-se 11 anos da morte do maior expoente político do clã, Luiz Tortorello, que foi juiz, deputado e prefeito da cidade por três vezes. Depois daquele 17 de dezembro de 2004, o sobrenome tenta sobreviver no meio político. Para a eleição do ano que vem, cada integrante estará em uma trincheira. O irmão de Luiz, Pádua Tortorello, filiou-se ao PTB, partido que cogita lançar candidatura ao Palácio da Cerâmica. O outro irmão, Jayme Tortorello (sem partido), está alinhado com a tentativa de reeleição de Paulo Pinheiro (PMDB). O filho Marquinho Tortorello está próximo do PDT e se coloca na disputa para ser vice na chapa que será encabeçada pelo ex-chefe do Executivo José Auricchio Júnior (PSDB). O outro filho Luizinho Tortorello (PEN) trabalha para ser vice do projeto de candidatura ao Paço de Gilberto Costa (PEN). Quem vai se dar bem nessa corrida familiar?

Mudança de nome
Paulinho Serra (PSDB) não é mais Paulinho. Agora é Paulo, apenas. Estratégia de marketing político/eleitoral. Sem nome no diminutivo, para passar seriedade. O tucano, ex-vereador e ex-secretário de Obras que vai disputar o Paço andreense, já alterou alguns de seus perfis nas redes sociais. Como Paulinho, sempre deu certo. Como Paulo...

Frank em Palmas
O vice-prefeito de São Bernardo, Frank Aguiar (PMDB), foi marcado em uma publicação do ex-jogador do São Paulo Aloisio Chulapa. Ontem à noite, o ex-centroavante do Tricolor disse que estava em Palmas (Tocantins) com o “Rei do Forró tomando danone duplo”, antes de jogo beneficente. 




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