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Aumenta ‘corrente’ das sacolinhas de Natal
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
09/11/2002 | 18:56
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Ano a ano aumenta o número de pessoas que aderem às sacolinhas de Natal, montadas por entidades religiosas e ONGs (Organizações Não-Governamentais) entregues a crianças carentes. Como um tipo de corrente positiva, a solidariedade com crianças pobres ganha espaço maior e abre novos horizontes.

Na Casa de Solidariedade e Beneficência, uma sociedade espírita de Santo André, a primeira edição da montagem de sacolinhas foi em 1990 e 121 sacolinhas foram entregues. Cada criança recebeu uma roupa de verão, outra de inverno, um par de calçados, calcinha ou cueca, meias, brinquedo e doces. Para este ano, segundo a coordenadora do programa, Janice Aguiar, serão 778. “Superamos a meta inicial de ajudar 686 crianças.” Em 2001, a casa entregou 685 sacolinhas. “Nosso objetivo sempre é o de somar pelo menos uma nova criança a cada ano.”

O início da atividade com as sacolinhas, segundo Jane, foi conseqüência da criação do Departamento de Assistência à Criança da casa, em 1989. “Por meio do departamento, mantínhamos um trabalho de vestir crianças de um orfanato a cada dois meses. Pensamos então em estender o auxílio para a comunidade local e iniciamos a montagem das sacolinhas de Natal.”

Independente – As primas Denise Navarro, 22 anos, e Regina Alves, 24, de Santo André, organizam sacolinhas há cinco anos, por conta própria. No primeiro ano, 235 crianças entre 0 e 10 anos foram adotadas. A cada edição, elas escolhem um grupo de favelas do Grande ABC para ajudar. “Vamos ao local, cadastramos as crianças e distribuímos os nomes.” No dia 15 de dezembro, 700 crianças das favelas Divinéia, de São Bernardo, Pintassilgo e Capuava, de Santo André, e Olaria, de Ribeirão Pires, participarão da festa de entrega dos presentes.

Seleção – Na Casa de Solidariedade e Beneficência, têm direito à sacolinha de Natal crianças de 0 a 12 anos. A seleção das crianças, segundo Jane, é baseada nas famílias cadastradas no recebimento mensal da cesta de alimentos. “Entregamos 63 cestas por mês. Ficam automaticamente cadastradas para a sacolinha de Natal as famílias que recebem a cesta pelo período máximo, que é de três meses.” As 270 famílias mais necessitadas recebem, ainda, a cesta de mantimentos de Natal. “Para chegar à conclusão de quais devem receber o benefício e as sacolinhas de Natal, temos oito grupos de voluntários responsáveis pela sindicância (visitas às casas das famílias).”




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