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Anfitriões são nova opção para hospedagem de cachorros
Caroline Garcia
Do Diário OnLine
07/12/2015 | 08:00
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Divulgação/Lucas Biffi


Não há muito o que discutir, o cachorro é o animal preferido dos brasileiros. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são 52,2 milhões de cães em lares no Brasil. Não há como, portanto, esquecer do animal favorito quando o assunto é férias.

A cada dia, um número maior de hotéis e pousadas abre as portas para os animais. Mas ainda há os que resistem a ser pet friendly. Ou então, a família vai viajar de avião e prefere não levar o companheiro de quatro patas.

Deixar o bicho sozinho em casa quase nunca é uma opção, já que a probabilidade de ele não se alimentar e entristecer é muito grande. Resta, então, apelar para familiares, amigos ou escolher um hotelzinho para cachorros.

“Pedir para parentes ou conhecidos pode incomodar. Nem sempre estão disponíveis ou pode ser visto como um favor. Com hoteizinhos, a experiência pode ser traumática, alguns cachorros voltam sem pêlo, perdem peso e ficam angustiados”, conta Eduardo Baer, sócio do Dog Hero, serviço que aproxima pessoas dispostas a serem anfitriãs temporariamente de cães.

A ideia de Baer e dos outros dois sócios nasceu da própria vontade de ter um cachorro e das dificuldades impostas pela vida corrida. “Estava fazendo mestrado nos Estados Unidos, em uma fase de definir minha vida profissional e pessoal. Queria adotar um cachorro, mas como eu viajava muito, seria difícil.”

De volta ao Brasil, em agosto de 2014, o Dog Hero já estava praticamente de pé, na fase de seleção dos anfitriões. “O mais importante é que a pessoa seja apaixonada por animais e que veja o dinheiro como algo secundário.”

Características que calharam exatamente com o perfil da farmacêutica Camila Angelo, de Santo André, que já abrigou temporariamente 26 cachorros desde julho. “A grande maioria é para passar o final de semana, mas já tive hóspede que ficou por um mês. Entro todo dia em contato com o dono. Aviso tudo o que acontece. Se tenho alguma dúvida no comportamento dele, pergunto se é normal ou não.”

Todos aqueles que tiverem a solicitação aprovada passam por uma série de entrevistas. “Quando recebemos um cadastro, checamos a ficha criminal, confirmamos algumas informações e, estando tudo certo, começamos com as entrevistas”, afirma Baer, que comanda 11 pessoas na empresa.

Para encontrar um anfitrião no Dog Hero – hoje são cerca de 3 mil – é só informar o CEP que o site localiza quais as pessoas mais próximas. É possível filtrar por peso do cachorro, preço que deseja pagar pela diária, tipo de ambiente, tamanho da área externa, habilidades especiais do anfitrião, como primeiro-socorros caninos e administração de medicação, e se a residência possui ou não outros animais.

“Tem opções para todos os gostos. Como eu moro em casa com quintal, posso pegar de grande porte. Mas tem gente que já não gosta de casa por ter medo que o cão fuja quando abre o portão, outros que não gostam de apartamento. Como eu também tenho o Dobby (lhasa-apso), minha única exigência é que o hóspede se dê bem com outros cachorros”, conta Camila, que cobra R$ 52 a pernoite.

Camila com Dobby (esquerda) e os hóspedes Maya (direita) e Pingo 

Dentro do site, que também pode ser acessado por aplicativo para celular, todos os anfitriões podem receber feedbacks. “É importante para que outras pessoas vejam qual é a opinião de quem já deixou o cachorro com essa pessoa e façam a sua própria avaliação”, pontua um dos proprietários do site.

Emergência
Caso aconteça alguma emergência com o animal durante a hospedagem, o Dog Hero oferece garantia veterinária. “Se acontecer qualquer coisa, tombo, corte ou o que for, o anfitrião é instruído a levar o cachorro imediatamente a qualquer veterinário e tem uma garantia de R$ 5 mil”, afirma Baer.

Apesar do nome, o Dog Hero já hospedou chinchilas e gatos, segundo o sócio da empresa. “Cerca de 95% das nossas hospedagens são de cachorros. Já tivemos algumas experiências com gatos, mas eles se estressam e não gostam muito de mudar de ambiente. Acaba sendo mais fácil que alguém vá até a eles.”

Apesar de a ideia do serviço ter surgido da vontade de ter um cão, Eduardo Baer ainda não tem um em casa. “Agora tenho uma dezena deles. Sou anfitrião e um dos mais ativos. Vivo com cachorro em casa e estou sempre com a cachorrada no escritório, que é dog family.”




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