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Erros no Ensino de Jovens e Adultos
Do Diário do Grande ABC
02/12/2015 | 08:27
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Artigo

No Brasil, há 65 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não concluíram o Ensino Fundamental. Outros 22 milhões com 18 anos ou mais, com o Fundamental completo, não encerraram o Ensino Médio. Os dados do censo demográfico deveriam motivar mudanças nas políticas de EJA (Ensino para Jovens e Adultos). Não é o que ocorre.

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira) garante a todos que não concluíram os estudos na idade regular acesso a cursos gratuitos que ofereçam ‘oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho’. Não há, porém, currículo nacional unificado para o ensino de jovens e adultos, e sim diretrizes gerais que orientam os Estados. Embora destinados a jovens com idades a partir de 14 anos para o Ensino Fundamental e a partir de 18 para o Médio, os programas EJA possuem diretrizes similares às do ensino regular, o que faz jovens e adultos receberem abordagens e estratégias destinadas a crianças.

A solução defendida pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) é aliar o Ensino Médio ao Profissionalizante, ‘para que o aluno saia com perspectiva inovadora e tenha motivação maior para continuar’. O objetivo do CNE é formular estratégias que reduzam a evasão para oferecê-las aos executivos estadual e nacional. O número de matrículas em EJA, conforme o Censo Educacional, entre 2007 e 2013, caiu de 4,895 milhões para 3,772 milhões. Muitos são os motivos que podem fazer jovens e adultos desistirem: filhos, responsabilidades com a casa e cansaço são alguns. Além desses, outros potencializam os primeiros. Não há modelo flexível compatível com a realidade desse público que, entre outros, não consegue cumprir 20 horas semanais. Os programas não atendem às necessidades de qualificação profissional.

É preciso que os Estados tenham claro que um dos principais indicadores da alfabetização de crianças é a família. Filhos de pais letrados tendem a ser mais letrados. Isso é confirmado pelo próprio Inaf (Indicador de Alfabetismo Funcional). Até para se pensar na educação de crianças é preciso investir na de adultos. Não se trata aqui apenas de analfabetos. Há 87 milhões de pessoas com mais de 15 anos que não têm Educação Básica. Quase metade da população brasileira pode ser privada dos direitos dos cidadãos ao longo da vida.

Respeitar o aprendizado contínuo, previsto na LDB, ligando-o aos conhecimentos adquiridos na vida profissional e organizar os conteúdos obrigatórios indicados ao aprendizado do adulto podem significar a fórmula que inverterá as curvas de matrículas dos últimos anos nos programas de EJA.

Francisco Borges é consultor da Fundação FAT em Gestão e Políticas Públicas voltadas ao Ensino.

Palavra do leitor

Palmeiras
Sou palmeirense de nascimento e espero ser surpreendido com o título da Copa do Brasil hoje. Entendo que todos os jogadores e especialmente o técnico Marcelo de Oliveira tiveram tempo suficiente para meditar e rezar, porque futebol há muito tempo que não vejo no meu time principal e no outro denominado misto. Todos os jogadores tiveram descanso mais que merecido e já faz muito tempo que não vemos espírito de luta, tática e jogada ensaiada. É só balão para frente e o técnico não vê isso. Estamos há seis jogos sem vencer e parece que não é nada para esse pessoal. É o time que tem mais jogadores machucados e maior tempo de recuperação. Será que tem alguma coisa errada? Não é por tudo isso que vou deixar de torcer. Pelo contrário. Vou torcer mais ainda, por uma vitória e pelo título, é claro. Espero que os jogadores, comissão técnica e diretoria estejam imbuídos do mesmo propósito. Por favor, não vão frustrar a grande torcida palmeirense, especialmente àqueles que estarão dando todo apoio e incentivo no Allianz Parque. Palmeiras, sempre!
José Carlos Belotto
Santo André

Recessão
Maior recessão desde o Plano Real. Maior desemprego entre jovens que chega a 20%, igualando no passado aos países estrangeiros, que já saíram da crise. Não dá mais para jogar a culpa nos norte-americanos de olhinhos azuis. É falta de competência e credibilidade do atual desgoverno Dillma. Não tem mais jeito! Ou sai ou sai, já que o País está sem comando mesmo. Presidente Dillma, parafraseando propaganda na TV: ‘Desapega, desapega, desapega’. Porque agora não dá mais para jogar a culpa nas costas alheias.
Beatriz Campos
Capital

Farmácia
A novela da Farmácia de Alto Custo do Hospital Mário Covas, em Santo André, arrasta-se há anos e é mais uma prova da absoluta ineficiência dos representantes da população nas esferas da política regional e administração pública no Grande ABC. A falta há mais de um mês do remédio Ciclosporina 50 g – vital para pacientes transplantados – e de definição deixa quantidade imensa de pessoas não só à beira de ataque de nervos, mas próxima de desfecho sinistro provocado não apenas pela doença, mas pelo descaso e incompetência dos que fingem tomar conta deste País. A descentralização dessa farmácia é algo exigido há muito tempo, mas até agora só serve de mote para alguns políticos e promessas sem qualquer fundamento. Este Diário retratou bem o sufoco que os transplantados vêm passando, mas não pode apenas ficar por aí. Tem de cobrar solução rápida para essa questão vital, tarefa que a imprensa, como a voz do povo que não tem representação à altura, é convocada a assumir, como já o fez em outras importantes situações. Cobrem providências dos diretores do órgão e dos políticos. Marquem mais um tento na história deste jornal, que também é nosso. Obrigada.
Virginia Maria Pezzolo Fidelis
Santo André

Oitavo município
Este Diário publicou reportagem (Política, dia 28) relembrando a criação do 3º Subdistrito de Capuava e que se tratava de jogada política do Dr. Brandão. Tudo isso de fato é verdade, afinal ele, como prefeito de Santo André, havia assinado em sua posse que lutaria pela integridade do município e isso ele dizia a todos: ‘É meu dever manter o município íntegro, do jeito que recebi’. É, no entanto, inverídica a afirmação do senhor Ademir Medici, homem que não me lembro de vê-lo em nossas reuniões, nem mesmo com os separatistas, de que o Doutor Brandão teria participado ativamente da campanha a favor da separação, como se ele estivesse traindo seus amigos do lado de lá da linha, como se dizia na época. O Diário, que jamais publicou ou comentou os feitos de Brandão, pelo menos não tente sujar sua memória. Note que, se o assunto da criação do 3º Subdistrito foi discutido e aprovado na Assembleia, era matéria pública e não sorrateira como tenta desinformar o repórter.
Felix Saverio Majorana
Santo André

Nota do jornalista Ademir Medici – Em nenhum momento escrevemos que o prefeito Newton Brandão se posicionou a favor da emancipação do Distrito de Utinga. A interpretação, errônea, é do missivista. Informamos que o Dr. Brandão atuou no sentido de manter a integridade física do município de Santo André, o que pode ser apontado como um dos principais serviços que o saudoso prefeito prestou à sua cidade. Também a expressão ‘sorrateira’ não é do jornalista, mas sim do missivista. 




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