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Red Bull faz graça e ganha simpatia
Flavio Gomes
De Monza, para o Diário
02/09/2005 | 08:35
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A Red Bull definitivamente não leva a F-1 muito a sério. E, por isso mesmo, está se transformando na equipe mais simpática da categoria. Além de editar, nos autódromos, quatro edições do divertidíssimo jornal “Red Bulletin” a cada fim de semana de corrida, foge do tom politicamente correto em seus comunicados.

Os textos das quintas-feiras pré-GPs, chamados de previews, normalmente trazem declarações de pilotos e engenheiros sobre o circuito, o asfalto, as asas e os pneus. Isso nos outros times. Na Red Bull, eles servem para tirar uma onda com o país-sede da corrida.

O de quinta-feira continha uma visão de Itália bem gozada. Primeiro, dizia que ser italiano é “conhecer os nomes mais bizarros de macarrão” e “poder usar óculos de sol em ambiente fechado sem ninguém notar”. Depois, informava que ópera é um negócio muito popular no país, tanto que “construíram o teatro La Scala, de Milão, um prédio tão bonito que faz o público esquecer a chatice encenada no palco”.

E mais: “É um bom lugar para fazer compras, mas não invente de querer levar um queijo parmesão na sua mala. Eles transpiram mais do que um motorista de táxi italiano e seu cheiro vai deixar sua bolsa fora de combate por um ano. Prefira uma máquina de café expresso, daquelas que você vai desistir de usar quando perceber que não dá para entender as instruções e vai deixar tomando pó na cozinha ao lado da centrífuga, da máquina de fazer massa fresca e de outros utensílios domésticos que ninguém nunca usa”.

Para fechar, uma piadinha automotiva: “Na Itália gostam tanto da Ferrari que se conta a seguinte história. Um piloto morre e vai para o céu. Depois de milhares de anos sem fazer nada, pede a São Pedro um carro para matar o tédio. Seu pedido é atendido e ele ganha um Fiat Panda. Todo feliz, sai dirigindo o carrinho pelo paraíso, até que de repente uma Ferrari com as letras NA na placa passa por ele zunindo. O ex-piloto vai a São Pedro e reclama: \”Pô, eu achei que no céu todos tinham direitos iguais, aí eu ganho um Panda e o cara de Nápoles ganha uma Ferrari!\”, diz. São Pedro não se aperta. \”Ouça, rapaz. Primeiro, NA não é de Nápoles, é de Nazaré. Segundo, ele é o filho do chefe, e faz o que quiser aqui”.

No ano que vem, a Red Bull vai usar motores Ferrari. Nunca é demais lembrar.




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