FHC chegou neste domingo às 23h10min (horário de Maputo, capital do país) disposto a nao falar sobre o caso Eduardo Jorge. O presidente desembarcou com uma expressao tensa, demonstrando preocupaçao. A assessoria que o acompanha também dava sinais de ansiedade.

Em Maputo, o presidente deverá destacar a importância da uniao dos sete integrantes do grupo em torno do desenvolvimento em busca da melhor qualidade de vida. O Brasil oferecerá acordos de cooperaçao nas áreas de combate à Aids às doenças sexualmente transmissíveis, além da criaçao de centros de formaçao profissionalizante em nível técnico.

Nesta segunda, o presidente tem várias reunioes, entre elas encontros bilaterais para intensificar essas negociaçoes. A idéia é de que depois da tarde de segunda ele participe de uma entrevista coletiva, cujo tema central será a CPLP, embora a imprensa africana também esteja acompanhando atentamente os desdobramentos do caso Eduardo Jorge.

Ao chegar em Maputo, FHC foi recepcionado por 15 brasileiros que pertencem à Associaçao Recreativa Brasileira (ARP), integrada por 150 pessoas que se dizem dispostas a difundir a cultura brasileira em Moçambique. A associaçao afirma existirem 500 brasileiros no país. "A essência do moçambicano é a mesma do brasileiro", disse Margareth Aragao, secretária da entidade.

A idéia de formalizar a ARP nasceu durante um churrasco, quando os brasileiros constataram que em Moçambique as festas juninas e o carnaval eram pouco conhecidos. "Ninguém aqui tinha visto nem participado de uma festa junina. A nossa festa foi maravilhosa", disse Denise Souza, assessora de imprensa do grupo.