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Prefeitura e CDHU vão assinar convênio
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
13/01/2010 | 07:54
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Andréa Iseki/DGABC


A Prefeitura de Santo André agendou para amanhã a assinatura do convênio com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) que deve beneficiar as 1.937 famílias do Jardim Santo André que moram em áreas de risco e estão na iminência de deixar suas casas.

O anúncio foi feito anteontem pelo secretário adjunto de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Omar Lopes dos Santos, a um grupo de moradores do bairro, após reunião no Paço Municipal.

Durante a tarde, em assembleia campal em frente ao escritório da CDHU, na Rua dos Dominicanos, os líderes comunitários do bairro repassaram a decisão para o restante da população.

Descontentes com o novo prazo e acreditando que a pressão popular pudesse fazer com que o convênio fosse celebrado imediatamente, parte do grupo decidiu protestar na porta da Prefeitura e se transferiu para a Praça 4° Centenário.

Lotando cinco ônibus, além de carros e motocicletas, cerca de 400 moradores se dirigiram para a sede do executivo. Acompanhada por viaturas da Polícia Militar, a caravana percorreu a Rua Capitão Mário Toledo de Camargo e o Viaduto Doutor Millo Cammarosano até chegar à Avenida Santos Dummont.

Na ligação com a Rua Coronel Alfredo Flaquer, no Centro, o grupo desembarcou dos veículos e, sem causar tumultos, cumpriu o restante do caminho a pé, passando pela pista rebaixada da Perimetral e gritando frases de protesto, como "arroz, feijão, salário e a habitação".

Na Prefeitura, representantes dos moradores foram recebidos pelo secretário adjunto, que reafirmou o prazo e repassou as bases do convênio. O acordo garante o repasse de verbas para a oferta de auxílio- aluguel e a construção de alojamentos provisórios para abrigar parte das famílias que terão suas casas demolidas.

Outra reivindicação do grupo, para que a CDHU interrompesse o processo de desocupação do bairro até que o convênio fosse formalizado, não foi atendida. Cerca de 150 famílias já receberam notificação da companhia e terão em breve que deixar suas moradias.

O principal temor da população é não ter para onde ir ou ser transferida para abrigos precários, como prédios inacabados, barracas de lona ou ginásio poliesportivo, alguns dos locais para onde já foram mandadas famílias que saíram das áreas de risco.




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