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Veja os perfis de Menem e Kirchner
Do Diário OnLine
Com AFP
27/04/2003 | 21:42
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Carlos Menem, 72 anos, foi presidente da Argentina por uma década, entre 1989 e 1999, quando o país vivia uma próspera situação econômica e se abria para o capital externo. Porém, seus mandatos também foram marcados por escândalos de corrupção e pelo aumento do déficit público.

Peronista de direita, Menem defende as políticas de livre-mercado e uma relação próxima com Washington. Também promete colocar patrulhas nas ruas para combater a criminalidade. Menem pode agora confirmar sua história política, na qual nunca perdeu uma eleição. O segundo turno, previsto para 18 de maio, será a próxima prova de fogo para sua carreira, orientada tanto pelo poder como pela paixão.

Pragmático e sedutor, Menem não desperdiçou nenhum dos recursos possíveis, apelando aos sentimentos de sua platéia heterogênea em uma campanha eleitoral carente de idéias. Menem encerrou na quinta-feira passada sua campanha no estádio de River Plate, fazendo menção ao filho que sua mulher Cecilia Bolocco, ex-miss Universo chilena, espera. Ela apareceu sorridente no palanque, depois de ter ficado ausente quase toda a campanha. "Nosso filho vem não apenas com o pão no braço, mas com a faixa presidencial", disse Menem enquanto beijava Cecilia no palanque.

Depois de prometer um governo de "mão de ferro" para frear a delinqüência e os protestos sociais, previu uma vitória no primeiro turno. Amado ou odiado nas mesmas proporções, Menem promete voltar ao poder governando "para todos" e diz ser o único capaz de pôr fim à crise de governabilidade e à instabilidade econômica do país, com uma fórmula tradicional para o mercado, similar àquela que utilizou em sua década de mandato (1989-99).

Seus opositores, principalmente os da classe média, abominam as conseqüências de seu método no social e não esqueceram as denúncias de corrupção que multiplicaram no seu governo nem muito menos que o candidato esteve em prisão domiciliar por 167 dias em 2001 por tráfico ilegal de armas.

Kirchner - Governador de Santa Cruz, uma província da Patagônia rica em petróleo, Kirchner, 53 anos, considerado de centro-esquerda, saiu do quase anonimato nacional devido ao apoio do presidente Eduardo Duhalde à sua candidatura à presidência.

Na província que governa, Kirchner, por meio de um corte de gastos públicos, conseguiu evitar que um colapso econômico. Com a imagem de moderado, ele promete dar continuidade à recuperação a econômica e social alcançada por Duhalde.

O adversário de Carlos Menem anunciou recentemente sua intenção de manter Roberto Lavagna no Ministério da Economia.




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