A MTV norte-americana estréia nesta terça-feira à noite a terceira temporada de The Osbournes e a série traz como conteúdo o inventário que Sharon Osbourne faz dos cachorros de sua família: Ben, Mag, Bully, Peggy Sue, Colin, Martini, Pip, Chips, Crazy Baby e mais dois novatos. Estimulada pelo marido, Ozzy, Sharon lembra do 12º: “Oh, esqueci Ruby, você tem razão”. Por aqui, o programa é mostrado em sua segunda temporada e vai ao ar pela MTV Brasil às terças-feiras, às 22h. A emissora informa que ainda não há previsão para a estréia brasileira da terceira fase.

Como sabem os telespectadores devotos da série de documentário, The Osbournes é mais do que um retrato de uma família maluca cujo status vem do talento musical exorbitante do pai para o rock e para um exibicionismo detestável. Também é um programa sobre cãezinhos de estimação, como eles são fofos e como tentam fazer sexo uns com os outros e com gatos. Também como eles defecam.

Alguém na MTV deve achar que essas seqüências caninas são infinitamente ricas, já que um câmera da equipe do programa parece sempre estar disponível para elas. O episódio desta terça-feira, nos Estados Unidos, apresenta closes de cada membro do canil, assim como uma seqüência na qual um deles suja um escritório.

Quanto aos humanos da casa, os rumores de que eles se tornaram chatos parecem exagerados. No primeiro episódio da nova fase, filmado em agosto, novembro e dezembro de 2003, Sharon, que enfrentou um câncer na última temporada – e portanto na vida real –, faz ruídos, pensando de forma engraçada onde ou se dirigirá o desgovernado Sharon Osbourne Show, que ainda se mantém no ar nos Estados Unidos.

Ozzy, com seus hábitos de “não estou reclamando exatamente” e seu descaso inexplicável, marcha pela fama e pela paternidade. Seu filho, Jack, malha com um personal trainer enquanto bebe um shake rosa. E sua filha, Kelly, a vaidosa que, ao contrário dos outros, parece fora de alcance da tragédia, ainda se enfeita e dá respostas insolentes.

Assim, a série apresenta cenas como a de um Buda dourado de 444 kg na parte traseira da propriedade dos Osbourne. Depois aparece Ozzy dizendo para um operário: “Queria isso na frente”. É apenas uma passagem que destaca o forte absurdo da vida familiar e profissional dos Osbourne. Esses corpos – o de Ozzy, que abriga no DNA uma incalculável alquimia de drogas, e o de Sharon, moldado por cirurgiões plásticos – podem simular a condição humana, que ainda é desarticulada e engraçada ao mesmo tempo.

Então como será essa temporada? Parece seguro dizer que a família não vai se endireitar. Uma das partes mais estranhas de uma série de realidade como essa é que nenhum produtor pode impedir os vazamentos do enredo. A família é notícia mesmo enquanto filma um reality show. Os fãs, portanto, sabem pelo menos algo do que está nos cartões, e isso não é bom.

Em dezembro – dezembro real no calendário – Ozzy quebrou o pescoço em um acidente de carro na Inglaterra. O caso certamente renderá tempo no programa, que não camuflou as experiências da família que tem se mostrado excessivamente preocupada com o estado de saúde de Ozzy até agora.