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Boçal, nem todos somos
Do Diário do Grande ABC
28/10/2015 | 08:45
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Artigo

Ao saber da neurocientista que se tornou jornalista, a norte-americana Sheri Fink, ganhadora do Pulitzer por duas vezes, prêmio de renome mundial, por descrever situações de catástrofe ou guerra, sem o jargão médico exagerado, pensei imediatamente em pessoas que conheço. Conheço, por força de ofício, neurocientistas e outros profissionais realmente brilhantes; mas também foi interessante lembrar de pessoas que sequer têm formação escolar básica. Entre elas, quase todas interpretam os fatos e se expressam de maneira muito clara.

Alguns grupos discutem o fim da mídia impressa, jornais e livros. Outros consideram o rádio antiquado ou têm asco à TV aberta e também de alguns canais fechados. Mas acho que todos estes meios contribuem para o desenvolvimento do indivíduo.

De alguma forma, o ser humano se ocupa de adquirir informação e formar sua opinião e neste momento dá um passo à frente. Debate, comenta, promove seu ponto de vista, o que seu direito de cidadão lhe assegura.

Há muito tempo, desde criança, aprendi a deixar de procurar coisas e pessoas interessantes a partir de premissas muito conservadoras, como na universidade ou salões de ‘elite’, que de fato são só entretenimento.

Nesse ponto, a democracia está em ouvir e considerar de modo indistinto a todos. Porém, fica difícil considerar e respeitar a simplicidade de comunicação exacerbada e de forma mal-intencionada nos pronunciamentos de governantes e figuras públicas. Nestas encontramos o berço do populismo e a manipulação de massa, hoje ainda pior com abrangência dos meios de comunicação. É preciso tratar a nossa população com o devido respeito. Acobertar as falhas, os erros, a corrupção e má conduta com figuras de linguagem de baixo nível mostra exatamente o quanto acreditam que somos intelectualmente vulneráveis e mal informados.

A arrogância alimenta por séculos o preconceito, a intolerância, a distinção de classes, a falta de solidariedade, enfim, a violência em suas diferentes formas. Também penso, a partir do que leio e ouço, que existe relação estranha, até incestuosa, entre aquele que se diz atacado pelo leão por culpa da zebra que estava atrás dele. Assim ocorre agora na política. Seria interessante adotar o lema de não dizer em privado aquilo que você não sustentaria em público, mas, infelizmente, muitos aprenderam a mentir e parece que este vício é como andar de bicicleta, depois de aprendido não se esquece mais.

Aqui estamos, mais uma vez prontos e ansiosos para que a opinião da população passe a valer alguma coisa. Afinal, só queremos o que nos é de direito, liberdade e qualidade de vida.

Paulo Cezar de Almeida é biomédico, pesquisador em Saúde e Biotecnologia.

Palavra do leitor

Bagunça!
Andreenses, já foram a uma sessão na Câmara? Façam-no, porém não levem crianças, pois elas poderão perguntar: ‘Papai – ou mamãe – por que é que tenho que falar certo se muitos vereadores não falam? E por que muitos estão vestidos como se fossem para baile country? Por que quando um fala – ao microfone – fica quase impossível ouvi-lo, pois muitos falam e riem ao mesmo tempo? Por que numa sessão plenária nem todos se encontram, e muitos ficam no entra e sai? Por que tem um que até diz que o que acontece em Brasília não é problema de Santo André? Não somos e recebemos dividendos como um País federativo? E tem um que é tão apaixonado por um prefeito das sete cidades, que não a dele, que até parece estar em Câmara errada’. Não seria má ideia se alguns passassem por analista, pois trazem certa raiva no expressar que chegamos a nos confundir se as expressões se justificam. Será que isso não está acontecendo em outras Câmaras?
Cecél Garcia
Santo André

Parabéns, Lula!
Muito justo e bonito que Lula, tenso e inconformado, assim comemore seu 70 anos, em clima de crise. Isso é que é espírito de solidariedade com o povo brasileiro, que nunca viveu crises política e econômica como estas que vivemos agora. Parabéns, Lula! Que você continue a receber na medida de seu merecimento!
Mara Montezuma Assaf
Capital

Reorganização
A reportagem neste Diário ‘Reorganização deixa 94 escolas ociosas’ (ontem) confunde os leitores quando inverte o propósito da reorganização de ensino. Enquanto o jornal fala em deixar salas ociosas, a secretaria anuncia a abertura de 2.900 atualmente desocupadas. Com a iniciativa, o Estado terá quase metade das suas escolas funcionando com segmento único. Serão mais 754 unidades de um único ciclo, com foco pedagógico em cada etapa do ensino. Segundo o Idesp (2014), essas escolas tiveram rendimento até 28,4% superior às demais. Sobre o Editorial ‘Falta explicação’ (Opinião), a Pasta reitera a sua disposição em esclarecer dúvidas a respeito do processo, iniciado em setembro. Agora, o trabalho está atingindo a fase final e o momento é de esclarecer e desmistificar equívocos, e não o contrário. Cabe ressaltar que o Diário teve oportunidade de ouvir nos últimos 30 dias, além da dirigente regional de São Bernardo e da secretária adjunta da Pasta, o secretário de Educação, Herman Voorwald. Na ocasião, foi dito que a divulgação final do trabalho será feita primeiro aos diretores de escolas e que até o fim da semana seria repassada à imprensa.
Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo

Nota da Redação – O Diário mantém as informações.

Resposta
Sobre a carta do leitor Vitor de Arruda Fernandes (Rodízio – 2, dia 25), o Semasa informa que o comunicado, entregue nos imóveis de Santo André neste mês pela autarquia, não teve intuito de alarmar a população com a informação sobre possível rodízio. Objetivo foi o de informar, de modo transparente, que a cidade tem recebido menos água da Sabesp do que o necessário para atender a demanda, e ainda de maneira irregular ao longo do dia, o que dificulta o atendimento adequado de todos. Desde julho, o Semasa tem alertado sobre possibilidade de rodízio no verão. Sobre a outra carta (Rodízio – 1), esclarecemos que o Jardim Cambuí é abastecido pelo Reservatório Paraíso, um dos afetados em razão da redução da vazão de água por parte da Sabesp.
Semasa

CPMF
Os prefeitos do Grande ABC se reuniram para tomar decisão unânime e histórica. Resolveram solucionar todos os problemas das cidades da região. Resultado: a ganância falou mais alto que a inteligência e solicitaram a volta da CPMF. Se não foi gozação, foi ‘desinteligência’ coletiva ou maneira de apoiar o governo federal, pois, se a CPMF for aprovada, será de 0,2% e não 0,38% como eles estão babando. Será que na reunião não tinha um para evitar esse vexame? Por que não aproveitaram o encontro para isentar deficientes e idosos de pagar parquímetros para estacionar? Como já foi pedido na Câmara de Santo André e abafaram! Aí a inteligência funcionou para ganhar uns trocados com parquímetro! Alguns de vocês terão resposta nas eleições! Idosos, deficientes e aposentados, é obrigação orientarmos mulher, filhos, noras, genros e netos nas eleições. Só assim eliminaremos corruptos que atualmente governam o País, prefeituras e Estados.
Nelson Sanchez
Santo André 




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