Economia Titulo
Setor automotivo puxa retomada do emprego
Marcelo Moreira
Do Diário do Grande ABC
11/02/2005 | 14:25
Compartilhar notícia


A recuperação do emprego industrial no Grande ABC em 2004 foi uma das grandes notícias – senão a melhor – para uma região devastada pela abertura econômica indiscriminada ocorrida na décade 90, sobretudo nos governos Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Perto de 100 mil empregos industriais desapareceram no período no ABC.

O bom desempenho do setor automotivo no ano passado foi o principal responsável na criação de empregos na região. Além dos 1,2 mil novos trabalhadores da General Motors, de São Caetano, a DaimlerChrysler, de São Bernardo,que administra a marca Mercedes-Benz, contratou 1,8 mil funcionários para a fábrica de São Bernardo com o aumento da demanda por caminhões e ônibus.

Nas indústrias de autopeças, foram criados pelo menos 3,1 mil postos de trabalho em São Bernardo e Diadema, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT. Em Santo André e Mauá, o movimento semelhante foi registrado, embora com menos intensidade, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, filiado à Força Sindical.

Os números do setor seguem a tendência de recuperação do emprego registrada no ano passado. Segundo o Caged (Cadastro geral de Empregados e Demitidos) do Ministério do Trabalho, foram criados cerca de 1,5 milhão de novos postos de trabalho. No ABC, foram 48 mil novos empregos, 17 mil deles na indústria. Diadema, que é o destaque do levantamento do Ciesp, teve em 2004 o melhor resultado em cinco anos: 4.951 novos empregos. Em 1999, a cidade perdeu 2.487 postos de trabalho.

No geral, o Grande ABC registrou em dezembro de 2004 a menor taxa de desemprego mensal dos últimos três anos. O índice recuou de 17,8% em novembro para 17,1% no mês passado. Na comparação com dezembro de 2003, o resultado é ainda mais expressivo: queda de 3,2 pontos porcentuais, reduzindo o contingente de desempregados em 37 mil pessoas, com a geração de 62 mil vagas, uma queda de 15,7%. Os dados são positivos e integram a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), da Fundação Seade e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;