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Jipeiros ajudam pessoas com deficiência a transpor obstáculos
Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
19/10/2009 | 07:10
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Nenhuma barreira é tão difícil que não possa ser ultrapassada. Basta tração nas quatro rodas e um tanque cheio de solidariedade. Foi com esse clima de boa vontade que jipeiros e portadores de deficiência participaram da quinta edição do Passeio do Jeep Clube ontem de manhã em Ribeirão Pires.

O evento - iniciativa do Jeep Clube em parceria, entre outros, com o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC - reuniu mais de 1.000 participantes. Cada jipeiro conduziu uma pessoa com deficiência e seu acompanhante por uma trilha de 20 quilômetros. "É uma oportunidade para incluir", disse o presidente do Jeep Clube de Ribeirão Pires, Nelson de Freitas.

Para o prefeito Clóvis Volpi (PV), o passeio é o início de transformação. "As pessoas ganham coragem para seguir a vida." Alessandra Silva, 34, da gerência de Políticas Públicas, ressaltou a importância do evento. "Tem gente que só sai de casa nesse dia."

É o caso da aposentada Maria Aparecida Mauricio, 67. Ela amputou a perna em decorrência do diabetes há três anos. "É a primeira vez que vou a um lugar que não seja hospital." A felicidade também era visível no rosto de outro amputado, Rian Pereira, 8, de Santo André. "Adoro carro. Foi uma aventura."

Para o comerciante José Rosa, 53, foi um privilégio dar carona para alguém tão especial. "O que mais valeu foi ver o brilho no olhar e o sorriso dele."

A coordenadora do Departamento de Humanidades de Santo André, Silvana Gimenes, 48, portadora de paralisia cerebral, complementou: "Queremos ser tratados como cidadãos e respeitados como seres humanos."

DIA INESQUECÍVEL
Mal o sol nasceu e os jipeiros começaram a se reunir no Complexo Ayrton Senna. O clima era de descontração. "Levantei cedo, estou ansioso", contou Tony Bernardes, 31, com paralisia cerebral. Na mesma expectativa estava o jipeiro Sandro Esprim, 38. "Eu viria de qualquer jeito, até com chuva."

Para o aposentado Euclides Rodrigues, 73, foi mais especial. "É o meu aniversário. Estar aqui é o melhor presente que poderia querer."

"Depois de um dia como esse, damos mais valor a vida", disse o jipeiro Dorival Gradwoll, 37.




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