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Pólo do RJ abre porta para fusao com PqU
Do Diário do Grande ABC
29/08/2000 | 21:33
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As obras do Pólo Gás-químico do Rio de Janeiro foram iniciadas terça, abrindo caminho para uma fusao do complexo com a Petroquímica Uniao (PqU) para a posterior formaçao da Petroquímica do Sudeste. "Agora que o pólo do Rio foi lançado podemos iniciar as negociaçoes para a fusao", disse Roberto Dias Garcia, presidente da Unipar, detentora de 33,3% do pólo gás-químico. "Temos de negociar uma composiçao que traduza o interesse das empresas envolvidas nos projetos", afirmou Armando Guedes, diretor de petroquímica da Companhia Suzano, que detém outros 33,3% do pólo. Os outros sócios do empreendimento no Rio de Janeiro sao a Petrobrás (16,7% por meio de sua subsidiária Petroquisa) e BNDESPar (16,7%).

Juntas, as quatro empresas formam a Rio Polímeros, a sociedade de propósito específico criada para contruir e operar o pólo. As obras do complexo têm duraçao prevista de 34 meses e a unidade vai produzir 515 mil toneladas de eteno e polietileno por ano partir de 2004. "O início das obras da Rio Polímeros marca a volta da Petrobrás à petroquímica, respondendo ao que estava previsto no planejamento estratégico de fazer produtos com maior valor agregado", disse o presidente da estatal, Henri Philippe Reichstul.

No bloco de controle da PqU estao também Suzano e Unipar. "É um mesmo núcleo, o que facilita a fusao", afirmou Garcia. Um problema é que a Petrobrás, também sócia da PqU, nao faz parte do bloco de controle definido por um acordo de acionistas valido até 2014, embora tenha uma significativa participaçao de 17,44%. "Quando o acordo foi assinado o ambiente era outro e a Petrobrás nao tinha interesse em participar ativamente do setor petroquímico", explicou Garcia. "A entrada da Petroquisa no controle da PqU ajudaria a consolidar as negociaçoes."

O governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, disse que a inauguraçao do pólo do Rio de Janeiro terá influências em uma grande área da Baixada Fluminense. "Temos de preparar a infra-estrutura de municípios em um raio de 30 ou 40 quilômetros para que eles recebam as empresas que certamente virao procurar a matéria-prima de alta qualidade que será produzida aqui", disse.

Térmicas - O ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, confirmou que as tarifas usinas térmicas que utilizarem gás importado da Bolívia seguirao a variaçao cambial. "O preço do gás é em dólar e temos de aceitar esta realidade", disse o ministro. "As empresas nao podem ser submetidas a riscos regulatórios ou externos, porque já têm de trabalhar com o risco do empreendimento", disse. O ministro ressalvou que o governo ainda nao definiu se o mecanismo trabalhará com reajustes anuais ou se seguirá as flutuaçoes cambiais em períodos menores.




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