Artigo

Até chuva, fenômeno da natureza escasso, chega! O esperado PCSP (Plano de Carreira dos Servidores Públicos) de Santo André, não. Assistimos, ano após ano, ao injusto favorecimento de pessoas sem concurso, formação ou compromisso com a municipalidade. Investir na carreira por almejar respeito e valorização é ilusão. A ‘seleção’ é outra!

No mês do servidor, não há nada a comemorar. Em 1992, o PCCS (Plano de Carreira, Cargos e Salários) trouxe esperanças! Mas ficou só na classificação dos cargos e salários. Algumas tabelas foram corrigidas pontualmente, quando alguns profissionais organizados, sem participação efetiva do sindicato, conseguiram reclassificação. Bom para eles! Mas o justo seria se todos os servidores fossem contemplados.

Perversamente, a categoria conhece bem outro plano, o PAM (Plano de Assédio Moral), que adoece, afasta e deixa sequelas no servidor acometido por hipertensão, depressão, gastrite, entre outras doenças adquiridas após humilhação, perseguição e retaliação no ambiente de trabalho.

Há exceções, porém o plano parece ter virado plataforma de governo uma vez que a perseguição por achar que a pessoa ‘pertencia’ ao governo tal, apoiou ‘não sei quem’ ou postou na rede social ‘algo ofensivo’ virou selo de gestão. Liberdade de expressão? O cabelo da Mafalda, de Quino, tem! Na Prefeitura de Santo André é retórica de discurso ultrapassado.

Concomitante à carreira, a saúde do servidor está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A assistência médica de qualidade implícita no edital do concurso foi blefe. A Caixa de Pensões tornou-se IPSA (Instituto de Previdência), que passou a administrar a assistência médica.

Após o sucateamento da rede credenciada, mais de 26 mil vidas, como gado, vendidas ao grupo vencedor da concorrência duvidosa, ‘revendidas’ para outro que foi comprada por um terceiro grupo que nem sabemos. A aposentadoria vira objetivo da categoria que insiste em não sucumbir.

Contudo, seguimos, mesmo desvalorizados e perseguidos, trabalhando em favor de Santo André, que não pode parar! O reconhecimento da municipalidade é o nosso incentivo.

A estiagem cede à chuva! Penso que sairemos do ‘volume morto’ do descaso com surpresas nas próximas eleições e ocuparemos também o Legislativo, que também é nosso. De muito trovão e pouca chuva, em forma de desvalorização e assédio moral, já transbordamos. O momento é de conquistarmos a nossa primavera.

Maria Grizante é assistente social, especialista em Saúde pública pela Unicamp, sindicalista e ativista social.

Palavra do leitor

CPMF – 1
Depois da reportagem sobre os prefeitos e companhia bela do Grande ABC, que pedem pela volta da CPMF (Política, dia 17), só resta a nós, os brasileiros, eleitores e cientes das faculdades mentais, darmos o nosso parecer nas urnas, nas próximas eleições, simplesmente para não vermos nossos filhos, netos, bisnetos e toda uma geração se afundar em mar de lama e incompetência.
Sérgio Antônio Ambrósio
Mauá

CPMF – 2
Após ler neste Diário que os prefeitos da região apoiam a volta do famigerado imposto, chego à conclusão de que os eleitores devem estar furiosos. Também cheguei à conclusão de que nossos dirigentes só podem ter uma coisa na cabeça: estrume, para não dizer outra coisa.
Ivan Salles de Oliveira
Mauá

CPMF – 3
O fato de os prefeitos de nossa região quererem aderir ao retorno da CPMF deixa mais uma vez provado que nós, brasileiros, votamos muito mal. As prefeituras já cobram IPTU, ISS, ITBI, IPVA, taxas de tudo, desde simples requerimento até alvarás para construção, para abertura de empresas, multas, Zona Azul, têm participação no ICMS e tantos outros impostos e contribuições. Aliás, para onde vai o dinheiro de multas e da Zona Azul? E o de multas de trânsito, onde é aplicado? O que precisam é fazer a lição de casa, reduzir pela metade o número de vereadores, de assessores, veículos e cargos de confiança. Por que promovem eventos e festejos pagando altos cachês a artistas? Precisam sim é fazer planejamento, cortar despesas desnecessárias, aplicar os recursos com critério, priorizar Saúde, Educação e Segurança, fazer compras planejadas, evitar desperdício etc. Enfim, paguem os prefeitos a CPMF, porque hoje o cargo de político é o mais bem pago do mundo.
Elcio A. Carvalho
Santo André

Dengue na Rua Jônio
Morador do Jardim do Mar, em São Bernardo, tive enorme surpresa, mas negativa, ao ligar, tempos atrás, para o Disc Dengue da cidade comunicando sobre possível foco dos mosquitos da dengue e outros. O foco foi comprovado na prática, por ter de me prevenir contra pernilongos, baratas e até ratos vindos de casa vizinha à minha e abandonada já há uns dois anos (Rua Jônio, 38). Como há telhas quebradas, colocaram grande plásticos para cobertura, onde, quando chove, acumula água. Liguei comunicando o fato. A resposta da atendente foi: ‘Quando o senhor souber de pelo menos umas quatro ou cinco pessoas infectadas nos ligue’. E nada mais. A funcionária da Saúde, que vem todo mês verificar a saúde de minha mãe, que é cadeirante, já com quase 90 anos, foi notificada também sobre os riscos. Ela disse que já comunicou a Prefeitura algumas vezes. Até o presente, nenhuma providência foi tomada. Que devo fazer?
José Safrany Filho
São Bernardo

Cunha
A empresa de Eduardo Cunha, a Jesus.com, tem Porsche em seu nome. Foi-se o tempo em que Jesus andava em um asno.
Nelson Mendes
São Bernardo

Economizando
O governo federal anuncia que vai economizar até nos salários da ‘presidenta’ e ministros. Por que não cancela todos cartões de crédito com gastos sigilosos? A economia seria milhares de vezes maior.
Mário A. Dente
Capital

Fundo do poço...
Enquanto a presidente vai lomba abaixo, como caminhão sem freio, saudando mandiocas e interessada no armazenamento de ventos, o País, à deriva, colhe tempestades. Dia 13, Dilma vestiu-se de vermelho e foi a evento da CUT. Ou seja, saiu de casa e foi para casa. Eventos da CUT são dos raros em que ela consegue não ser vaiada. Nessas oportunidades, o dito ‘coração valente’ de sua excelência sai de trás das cortinas, ganha coragem, recebe injeção de adrenalina e parte para o ataque. Falou do quê? Da imensa crise em que atolou o Brasil? Não! Essa crise, para ela, acontece por fatores extramuros, galácticos, que não guardam relação com a intimidade do governo, dos camaradas, dos companheiros e dos partidos da base. São todos inocentes como ovelhinhas de presépio. Do Lulão ao Lulinha. A economia, segundo ela, vai mal por aqui em virtude de não sei qual urucubaca que se abateu sobre a economia mundial. Falso! Falso como balanço da Petrobras petista. Como prestação de contas do governo. Como discurso do dindinho Lula. Vergonha. Fora! Xô!
Luizinho Fernandes
São Bernardo