A Seleção Brasileira de Futsal fez o que pôde para manter a modalidade no calendário do Pan durante os Jogos no Rio. Faturou o ouro numa campanha invicta, e abriu mão do show em nome da coletividade.

O astro Falcão, eleito o melhor atleta do planeta pela Fifa, em 2005, deixou as jogadas de efeito de lado para auxiliar os companheiros. “Nos unimos porque esta geração não quer ficar marcada como fracassada”, explicou.

Embora jogadores e comissão técnica se mostrem entrosados dentro de quadra, os dirigentes ainda estão longe de se acertar. O anúncio de exclusão do esporte do calendário pan-americano mostrou a fragilidade do trabalho nos bastidores. O rúbgi e o raquetebol devem entrar no próximo Pan, em Guadalajara-2011.

Para o capitão da equipe, Vinícius, a alternativa viável para se alcançar o sonho olímpico é a união entre Brasil e Espanha, hoje as duas principais potências do futsal mundial.

“Acho que falta diálogo entre as duas entidades. Juntas, elas teriam força para sensibilizar os dirigentes”, disse o jogador, que atua na Europa há seis temporadas.

Mas para que o esporte entre definitivamente no calendário olímpico, os dirigentes devem contar com apoio direto do presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter. “É ele quem deve apresentar a modalidade ao COI (Comitê Olímpico Internacional)”, disse o presidente da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), o mexicano Mário Vasquez Raña.