Artigo

O PME (Plano Municipal de Educação) aprovado recentemente na Câmara, infelizmente, não teve o debate necessário, por conta, principalmente, da ignorância daqueles que mais pareciam integrantes da Santa Inquisição contra os defensores da palavra diversidade. Como se a manutenção do termo no PME fosse, com passe de mágica, transformar os meninos em meninas ou vice-versa, por decreto legislativo. Desculpe, santa ignorância, se é que a ignorância é santa.

Nunca pensei que no século 21 presenciaria tamanha estupidez. Pior ainda, em uma Casa de Leis. Em plena democracia, jovens com terços e com camisetas de Jesus e Maria quase trucidando os contrários.

A discussão e o debate do plano seriam mais produtivos do que a inconsequente participação de setores pseudocristãos, que, como torcida organizada, comemoraram a vitória da retirada do termo ‘diversidade’.

Enquanto isso, mais da metade dos alunos do 3º ano do ensino Fundamental de Mauá tiveram desempenho insuficiente em leitura e Matemática entre 2013 e 2014 (Avaliação Nacional da Alfabetização). Outra preocupação é o aumento de jovens infectados com o vírus do HIV, apesar das campanhas.

Vale destacar que o Plano Municipal de Educação trata-se de valioso arcabouço educacional para a formação do pedagogo no contexto atual, além de tratar das práticas pedagógicas, que ultrapassam governos.

Outra importante medida é que o PME tem vinculação de recursos para o seu financiamento, com prevalência sobre os PPAs (Planos Plurianuais), além de articular o sistema nacional de Educação em regime de colaboração.

Esse plano decenal apresenta 15 diretrizes que vão desde o estabelecimento de metas para a superação do analfabetismo até o fortalecimento da autonomia das escolas do projeto político pedagógico e de acordo com as características e necessidades da comunidade.

Além das diretrizes, o PME tem mais 20 metas ajustadas com diversas estratégias, todas discutidas com os diferentes setores da Educação.

A execução do Plano Municipal de Educação, junto com suas metas e estratégias, será monitorada periodicamente pela Secretaria da Educação, pelo Conselho de Educação, Fórum Municipal de Educação e Comissão de Educação da Câmara Municipal.

Por isso, defendo amplo debate sobre o tema e a participação de toda sociedade, que é de suma importância para a melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas, independentemente da religião, credo, raça ou filosofia de vida.

Dario Duarte Coelho é vereador pelo PT de Mauá.

Palavra do leitor

Sem rejeição
É revoltante assistir a pseudointelectuais e palpiteiros tolos opinando de forma pejorativa e raivosa contra países que rejeitam expatriados e clandestinos. Acho que essas pessoas são desinformadas ou mal-intencionadas. Não conhecem o próprio País onde vivem. Existe minoria de nações ricas e elas também possuem pobres e abandonados. Por exemplo, os Estados Unidos, principal potência econômica e que convive com enorme população de miseráveis e sem-teto. Há vários países na Europa que não têm condições de receber turistas, imagine refugiados! É inaceitável continuar atacando os povos europeus. A Hungria é nação pequena e pobre, sua população é trabalhadora, solidária e hospitaleira. Gente simples, que ainda guarda no rosto, na alma, os horrores das guerras. Lá, todos aprendem desde criança a conhecer as dificuldades e valorizar a vida. Quem está de fora do problema sempre tem soluções mágicas e populistas. É fácil opinar de longe. Difícil é sentir na própria pele.
Mário Mello
Santo André

Ao contrário
Ocorre-me a lembrança de que, para aprovar o impedimento de Fernando Collor, criaram-se outros ministérios, cabendo um a cada partido. Inteligente, pois, a ‘presidenta’ ao prometer redução desses órgãos...
Nevino Antônio Rocco
São Bernardo

A diva
Ana Maria Guimarães Rocha poderia ser mais uma dessas pessoas invisíveis, que fazem, e muito, por esse universo literário, libertário, poético e servente. É voluntária de escritores, poetas e contistas de nossa São Caetano. Abraça a causa de pessoas que trazem – por meio da escrita – em seus instintos e sentimentos a fome de transformar e fazer sonhar. Sonhar com Brasil que poderá sair da inanição da não leitura para universo de agentes também transformadores. Nossa curadora do amor da Academia Popular de Letras de São Caetano, nossa síndica da dedicação afeta à Biblioteca Paul Harris e seus movimentos, é uma daquelas inquietas mulheres que trazem em seu âmago incansável fome de transformar o número de - apenas 64 mil habitantes por livraria – dados da ANL (Associação Nacional de Livrarias) – como média nacional para número expressivamente relevante e capaz. Pena não depender somente dessa ‘diva dos escritores’.
Cecél Garcia
Santo André

Que enganação!
Entre a imprensa livre e o governo corrupto trava-se batalha insana que começou com a carta ao povo brasileiro, em 2002, dia da sua posse do primeiro mandato. Lula assim se expressava: ‘Como todos os brasileiros, quero a verdade completa. É com essa convicção que chamo todos os que querem o bem do Brasil a se unirem em torno de programa de mudanças corajosas e responsáveis’. Que enganação! Lula fez o contrário. Os brasileiros politizados sabem que Lula, cuja máscara ainda não foi desfraldada, ao invés de proteger os brasileiros contra ‘bandidos engravatados’, ricos de tantos indícios de tal declínio moral e ético, junta-se a eles, consagrando-se na mais pura peça de traição à esperança popular ainda adormecida, e que, por isso, arrebanha milhares de políticos, remanescentes ou contemporâneos de verdadeiro saqueamento das esperanças do Brasil, economicamente saudável, mas socialmente falido! Brasileiros pagam como londrinos, mas recebem como somalis! Lula e Dilma: máscaras que ainda não caíram para o eleitorado subdesenvolvido!
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo

Bom humor
As notícias sobre a viagem de Dilma a Nova York nos dão conta de que a ‘presidenta’ se mostrou bem-humorada, até brincou com os repórteres. Ô milagre! Até eu, que sou bobinha, ficaria bem-humorada: hospedada em grande estilo, aproveitando para fazer ‘comprinhas’ após as maçantes reuniões. Como sou bobinha, gostaria de perguntar se Dilma não se acanha de gastar tanto com a ‘apertura’ das contas do governo, se as ‘comprinhas’ são feitas com cartão corporativo e, principalmente, qual o cargo ocupado pela filha para que ela acompanhe a mãe nas viagens oficiais?
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

Vão se lembrar?
Interessante é que as montadoras sempre tiveram incentivos fiscais do governo, mas, ao se verem em meio à crise econômica, falam em demissões e fazem acordos que diminuem salários dos trabalhadores. Será que quando se restabelecerem vão se lembrar de ressarcir as perdas desses operários? Pagar a eles o que está sendo tirado agora? Nunca têm prejuízos. Apenas diminuem os lucros.
Vitor de Arruda Fernandes
Santo André

Paranapiacaba
Grotesco o erro cometido por este Diário na reportagem ‘Polícia encontra laboratório de drogas em Paranapiacaba’ (Setecidades, dia 20). Não existem ‘chácaras’ na Vila de Paranapiacaba, como afirma a reportagem, mas somente lotes onde se encontram as casas desse local histórico. O campo de futebol da vila é tão visível, e não fica em ‘chácara’, mas em local público, que se torna impossível helicóptero pousar lá, especialmente transportando drogas, sem ser notado. É impossível que laboratório que produza mais de 300 quilos de drogas não seja notado em qualquer das residências existentes no vilarejo, dada a movimentação de pessoas, veículos e equipamentos que tal empreitada exige. Ao contrário do afirmado, o local do crime se situa em Mogi das Cruzes, a mais de cinco quilômetros da Vila de Paranapiacaba.
Newton J. B. Gonçalves
Santo André

Nota da Redação – A informação equivocada foi passada pela Polícia Civil.