A vocalista Isobel Campbell, de última hora, ficou com medo de subir no avião e não veio ao Brasil. Mas o resto da banda compensou a falta da integrante. Principalmente Murdoch, que vestiu uma camiseta ilustrada com a capa do disco Hatfull of Hollow, dos Smiths, sua maior influência, e segurou com cuidado um dicionário inglês-português. Tão simples que tornou insustentável a postura misteriosa mantida pela banda.
O B&S queria a simpatia dos brasileiros e conseguiu. Murdoch chamou uma jovem estudante no palco para cantar com a banda, deixando-a embaraçada e, ao mesmo tempo, emocionada. Pegou a câmera de vídeo para registrar os fãs no telão. E, ao errar o início de Simple Things, voltou, recomeçou e foi aplaudido.
Tocou, também, Dirty Dream Number Two, The Boy with the Arab Strap, Jonathan David, Sleep the Clock Around, I Know Where the Summer Goes e Wandering Alone. O B&S ainda reverenciou a música local, como fazem por todos os países onde passam, com dois covers dos Mutantes: Baby, de Caetano Veloso, com a violinista Sarah Martin nos vocais, e Minha Menina, de Jorge Ben Jor. Tudo muito bem arranjado com cravo, violinos, cello, violas e teclados antigos. O resultado: um folk alegre, longe do tom depressivo creditado por muitos à banda.
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