Os deputados chilenos rejeitaram ratificar a Convenção Interamericana sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas e agora o projeto não poderá continuar com sua tramitação no Congresso a não ser no próximo ano, uma decisão classificada como "vergonhosa" pelo governo.
A lei foi votada a favor por 67 deputados (de 120) na noite de quarta-feira. A maioria dos deputados da direita opositora se absteve de votar enquanto apenas cinco deles se somaram aos parlamentares do governo que a aprovaram.
A convenção, assinada no Brasil pela OEA (Organização de Estados Americanos) em 9 de junho de 1994, só poderá continuar com sua tramitação no Congresso dentro de um ano, de acordo com a Constituição, ou se a presidente Michelle Bachelet insistir em sua aprovação no Senado.
O tema dos desaparecidos é muito sensível no Chile, onde a ditadura do general Augusto Pinochet (1973-90), apoiada pela direita, resultou em três mil mortos e desaparecidos, segundo números oficiais.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.