Economia Titulo No supermercado
Para economizar, consumidor deve se atentar às promoções

A dica é evitar fazer compras aos fins de semana, e trocar alimentos importados por outros nacionais

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
11/09/2015 | 07:25
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Ari Paleta/DGABC


É comum o consumidor ir ao supermercado com o objetivo de economizar, mas, ao passar pelo caixa, ter a nítida sensação de que está gastando cada vez mais. “São tempos difíceis, em que está tudo mais caro, e para gastar menos é preciso se atentar às promoções e substituir alimentos importados”, orienta o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto, responsável pela pesquisa semanal da entidade, feita em 17 estabelecimentos de seis cidades do Grande ABC.

Segundo ele, o dia de promoções na região é geralmente às quartas-feiras, e a dona de casa deve evitar ir ao supermercado aos fins de semana. “Não são realizadas ofertas nos sábados e domingos, dias em que os estabelecimentos estão mais lotados. Nem em dias de pagamento.” De Benedetto estima que os hortifrúti ficam até 40% mais baratos. Se o item estiver na safra, a economia pode chegar a 50%. E destaca que a redução dos preços é exclusiva do varejo, já que no atacado isso não ocorre.

Como a alta do dólar favorece os exportadores de carnes – ontem, a cotação da moeda norte-americana estava em R$ 3,86 –, os produtores preferem vendê-las ao Exterior e, portanto, a quantidade disponível no mercado interno é menor. Com isso, o preço se eleva. Segundo levantamento da Craisa, o quilo tem permanecido em patamar alto. O de primeira, cuja referência é o coxão mole, está R$ 22,78 e, o de segunda, que é o acém, R$ 15,92. Para efeito de comparação, um ano atrás o de primeira saía quase que pelo preço do de segunda (R$ 12,88), R$ 17,48. E o dólar estava R$ 2,29 – diferença de R$ 1,57.

Uma alternativa para driblar os custos elevados é comprar a partir do dia 20, quando é realizada oferta principalmente de carnes de primeira. “É hora de aproveitar e congelar, para fugir de fazer compras dia 1º até então”, avalia o engenheiro agrônomo.

IMPORTADOS - De Benedetto recomenda que o consumidor substitua produtos importados, que pesam mais no bolso, por itens nacionais. O alho, embora a pesquisa não mensure, ele avisa que está muito caro, já que o roxo vem da Argentina e, o branco, da China. “Dá para usar somente a cebola para cozinhar, aproveitando que seu preço está em queda, já que a safra paulista começou e não foi mais preciso importá-la”, afirma. O quilo da cebola é encontrado entre R$ 5 e R$ 6, preço de pacote de 200 gramas de alho de marca própria de supermercados.

O salmão é outro item que tem sido visto nas prateleiras a altos custos – o quilo passa de R$ 100 em alguns lugares. Geralmente é importado do Chile. “Resta como opção o frango, que embora venha na carona da carne, e tenha apresentado alta no preço, ainda é a alternativa mais viável”, aponta. O quilo está R$ 5,43. “É hora de apostar no trivial arroz, feijão, frango e salada”, sugere.
 




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