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Gilson tenta voltar ao PT até a última hora
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
08/10/2009 | 07:42
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André Henriques/DGABC


A repentina filiação do vice-prefeito de Diadema, Gilson Menezes, ao PSB, na madrugada de sábado, último dia do prazo legal para os interessados em disputar o pleito de 2010, teria sido motivada pela tentativa de retorno ao PT.

Nos bastidores, sabe-se que Gilson esteve reunido na sexta-feira à tarde com parte da cúpula do PT. A maioria era contrário a volta do primeiro prefeito petista do Brasil ao partido. Entre eles, os vereadores José Antonio da Silva, o Zé Antonio; Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, e Irene Santos - coincidentemente todos pré-candidatos do PT à Assembleia Legislativa, vaga que o vice pleiteia.

Questionado ontem sobre o assunto, Zé Antonio, como líder do PT no Legislativo e integrante da executiva, disse desconhecer essa "história". Primeiramente, segundo o petista, Gilson teria de ter demonstrado vontade de retornar ao partido. Depois, apresentar a intenção. "Nunca chegou isso para o PT debater de forma coletiva", afirmou.

Segundo o presidente da Câmara, Gilson conversou com o PT e o partido disse que, quando decidisse voltar, o acolheria. "Não existe corrente contrária ao Gilson, que é unanimidade na sigla", afirmou Maninho.

Mas fez uma ressalva: o vice-prefeito ou qualquer outro interessado teria de se inscrever e passar pelo crivo da Comissão de Filiação do PT. "Isso é passado. O Gilson fez uma ótima escolha voltando para o PSB", argumentou. Irene foi mais direta: "Não vejo nenhuma possibilidade de retorno do Gilson ao PT".

Gilson negou o encontro com os petistas na sexta-feira. "Apenas conversei com o Mário (Reali, prefeito pelo PT) para não pegá-lo de surpresa sobre minha ida ao PSB." Mas confirmou a pré-negociação. "Alguns companheiros teriam resistência ao meu nome, principalmente os que disputam a candidatura para deputado estadual." Do lado de Gilson estaria o presidente municipal do partido e secretário de Governo, Antonio Fidelis. Procurado ontem por telefone no diretório, Fidelis não deu retorno ao Diário.

O presidente municipal do PSB, Manoel José da Silva, o Adelson, disse não acreditar na tentativa do vice-prefeito em voltar às raízes. "Se fosse verdade, pelo menos o PT seria normal, ao contrário de um DEM, por exemplo."




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